Lisboa –  O ex-administrador da Sonangol Mateus Morais de Brito (na foto) encontrado morto   no ano de 2014, em Lisboa, Portugal terá deixado cerca de 23 milhões de dólares numa conta, em Portugal,  em nome do seu estafeta, identificado por Mauro Carvalho.  A família do malogrado  procura um entendimento amigável de forma a resgatar os valores mas o antigo estafeta recusa-se a prolongar contatos sob alegação de que não há nenhuma procuração que lhe dá autoridade  para devolver os fundos em sua posse. 
 
Fonte: Club-k.net
 
“Testa-de-ferro” recusa-se a devolver fundos  à família
 
Mateus Morais de Brito foi um quadro formado em geofísica nos Estados Unidos e que fazia parte dos profissionais  da petrolífera estatal desde 1984. Tinha vários negócios, inclusive com Manuel Domingos  Vicente,  na sua maioria passados em nome de terceiros como é o caso do  “testa de ferro”,  Norberto   Marcolino. Desde que faleceu,   a   família tem tentado contactar  todos os possíveis  “testas de ferros” e parceiros dos negócios para um entendimento amigável. 
 
 
Helder Martins da  Cruz com quem o falecido cruzava   interesses no ramo da logística para o sector petrolífero foi também abordado tendo, de entre outros,  se comprometido em assumir as despesas acadêmicas de um dos filhos de Brito Morais que esta cursar nos Estados Unidos da América.
 
 
Porém o contacto mais complicado tem sido com  o ex-estafeta  Mauro Carvalho que segundo fonte próxima ao processo, o mesmo manifesta indisponibilidade para abertura ou abordagem sobre o assunto tendo o caso sido  reencaminhado para uma equipa de  advogados. Carvalho é dado como estando a gastar o dinheiro em sua posse, em viagens em primeira classe pela Europa. Viajou recentemente a Lisboa tendo regressado a Luanda, na passada quinta-feira, 7. 
 
 
Até aos dias de hoje, a família e amigos estão convencidos de que as circunstancias estranhas com que Mateus Morais Brito foi encontrado morto, no seu apartamento, em Lisboa trás indícios de um atentado.  Esta teoria é baseada no facto de o mesmo não ter apresentado sinais de doença grave. 
 
 
A imprensa portuguesa na altura, citando fontes da PSP e da   Polícia Judiciaria de Portugal, referencia que não existiam   sinais de violência nem da intervenção de terceiros e que a vítima foi assistida na noite   anterior a sua morte, em casa por um médico, queixando-se de "dores nas costas". Fonte policial avançou à altura  que as autoridades "não encontraram indícios de crime".