Cuango - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, considerou hoje, domingo, no Cafunfo, província da Lunda Norte, haver um surto de malária nesta localidade, de acordo com o conceito epidemiológico usado, embora ainda sem estatística concreta de casos na região.

Fonte: Angop

Constou tratar-se da malária com anemia severa provocada por falta de sanidade do meio e prioridade das famílias em crenças religiosas para cura da doença mas sem indicadores para surto epidémico.

O hospital de Cafunfo registou seis óbitos de menores até cinco anos de idade, desde o passado dia 4 de Dezembro.

A governante admite haver muito por se fazer para a prevenção da patologia, numa localidade predominada pela população de baixa renda contra a maioria estrangeira,por causa do garimpo, facto que dificulta a tomada de medidas para inversão do quadro.

Reiterou a prática de uma medicina humanizada com a mudança de direcção, o reforço de quadros e anti-maláricos para o Hospital de Cafunfo, que deu alta-médica a 97 porcento dos 2.815 casos de internamento por malária diagnosticados desde Janeiro do ano em curso.

Na interacção com as autoridades comunitárias, realçou a necessidade da mudança de mentalidade, no que tange a educação e medidas para a prevenção das doenças, de um modo geral, mormente o saneamento do meio, no contexto em que a atenção do governo está virada para a concretização de programas a curto, médio e longo prazos.

No entanto, fez entrega de um lote de 17 viaturas, entre ambulâncias, carros de fumigação e condicionados de medicamentos, para o combate da malária nos 10 municípios da Lunda Norte.

A localidade de Cafunfo confina mais de 130 mil habitantes, cerca de 80 porcento da população do município do Cuango.


A comitiva ministerial já regressou a capita do país, Luanda.