Lisboa  - Na sequencia da participação da deputada Tchizé dos Santos num seminário sobre corrupção promovido  esta semana pela bancada parlamentar do MPLA, em que a mesma  negou a existência de nepotismo em Angola, dando exemplo de dividas do Estado para com a sua empresa de construção CEOP,  o Club-K trás  público exemplos de trafico de influencia   que evidenciam como a dada altura a filha do ex-presidente  chegou a “comandar” indirectamente o ministério da construção. 
 
Fonte: Club-k.net
 
Empresa  do seu sócio   recebeu USD 6 milhões sem fazer nada 
 
A partir do ano 2010, era o ministro da construção de Angola, Fernando Alberto Lemos Soares Fonseca, um quadro da Sonangol,  nomeado por sugestão de Manuel Domingos Vicente. O mesmo seria  substituído, em Maio de 2013,   por Waldemar Pires Alexandre que fora nomeado no seguimento de influencias movidas por um DJ ligado ao  palácio presidencial “Buda” Alburquerque, e por Tchizé dos Santos  que queixava-se que o então ministro Fernando Fonseca andava  a bloquear as suas empresas no ramo da construção em parceria  com o sócio Ivan de Leite Morais.
 
 
Com  a nomeação de  Waldemar Pires Alexandre, o Ministério da construção passou a estar sob o  “comando” indirecto  de Tchizé dos Santos razão pela qual as suas empresas recebiam   obras sem passar por concurso público. 
 
 
Foi também durante este período que Tchizé dos Santos tinha o comando do ministério da construção que a Cotecma, uma suposta empresa de solução informática  conotada ao  seu sócio Ivan Leite Morais ofereceu-se para   instalar  um programa informático nos computadores daquele órgão do governo. O ministério da construção  pagou cerca de seis milhões de dólares pelo programa informático, que em mercados normais, o produto custaria menos de 200 mil dólares.  Entretanto,   a  Cotecma recebeu as verbas do governo  mas  nunca instalou o programa informático nos computadores do ministério. 
 
 
Tchizé dos Santos nunca foi vista a enveredar  esforços  para encorajar  a empresa ligada ao   seu amigo a devolver os fundos do Estado pelo trabalho que nunca foi feito.  Fontes familiarizada ao assunto, fizeram recordar ao Club-K, que da mesma maneira que Tchizé dos Santos reclamou esta semana no seminário contra a corrupção,  que nunca  foi paga   pela construção da suposta ponte na província do Namibe,  o Estado angolano também  sente se  profundamente dorido  pela perda  “irreparável” dos seis milhões de dólares dos seus cofres.
 
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