Brazzaville - Denis Sassu Nguesso foi reeleito presidente da República do Congo com 78,61% dos votos, segundo os resultados das eleições presidenciais de 12 de julho anunciados nesta quarta-feira pelo ministro de Administração Territorial.

Sassu Nguesso é um dos três presidentes africanos
atualmente investigados por um juiz francês

Sassou Nguesso, que enfrentou nas urnas 12 candidatos, obteve 1.055.117 votos, isto é, 78,61%, de acordo com os números divulgados à imprensa pelo ministro Raymond Mbulu.

O índice de participação foi de 66,42%, segundo esses dados.

O candidato independente Joseph Kignumbi Kia Mbungu ficou em segundo lugar, com 7,46% de votos, seguido pelo opositor moderado Nicéphore Fylla de Saint-Eudes (Partido Republicano Liberal, PRL), que obteve 6,98%, segundo os resultados oficiais.

O opositor radical Mathias Dzon (Aliança pela Democracia e a República, ADR), considerado, antes, o principal adversário do atual presidente, conseguiu 2,30% dos votos.


Baixo comparecimento marca eleições na República do Congo

A República do Congo foi às urnas neste domingo em uma eleição na qual é amplamente esperado dar ao presidente Denis Sassou-Nguesso mais sete anos no poder, mas a participação dos eleitores foi baixa depois do boicote organizado pela oposição.

Não foram registradas ondas de violência, mas brigas foram relatadas entre antigos membros de milícia e soldados na volátil região de Pool, que foi cenário de lutas durante os conflitos que duraram de 1997 a 2002.

Investidores procurando diversificar a economia do quinto maior produtor de petróleo da África estão observando para saber se as eleições irão inflamar novamente os conflitos que arruinaram eleições anteriores e interromperam a estabilidade econômica e política.

"Não compareceram grandes multidões", disse Roger Bouaka, diretor executivo do Observatório de Direitos Humanos do Congo.

"A votação foi calma e sem maiores incidentes exceto na região Pool, onde houve perturbações em alguns lugares", acrescentou.

O Congo produz mais de 220 mil barris de petróleo por dia, mas o presidente Sassou-Nguesso diz que apenas uma pequena elite se beneficia disso. Ele é um dos três presidentes africanos atualmente investigados por um juiz francês.

Partidos de oposição, citando irregularidades em listas e cartões de votação, pediram que a eleição seja adiada para permitir a criação de uma nova comissão e a revisão da lista de eleitores.

A União Européia também criticou a falta de progresso feita na República do Congo desde as eleições de 2002.

Fonte: AFP / Glogo