Lisboa – A insistência do ministro da comunicação social, João Melo em desejar nomear, para breve, o ex-DG do Jornal de Angola, António José Ribeiro para o cargo de adido de imprensa na Suíça, está a gerar sentimento de impugnação por embaraçar as promessas eleitorais do Presidente João Lourenço em por termos a impunidade em Angola.
Fonte: Club-k.net
Ex-DG do Jornal de Angola saí impune de caso de corrupção
Sobre António José Ribeiro pesa, o descaminho de 25 milhões de dólares das “Edições Novembro”. É igualmente acusado de, até ao momento, não ter esclarecido o paradeiro de viaturas compradas para o Jornal de Angola, e o que levavam a gastar mensalmente um milhão de kwanzas mensal dos cofres do Estado para supostamente pagar táxi, para o apoio/transporte de jornalistas em serviço de reportagem.
Dois jornalistas portugueses Manuel António e Benjamin formigo, que colaboravam para o jornal de Angola, em regime de contratação, reivindicam pagamentos pelos trabalhos prestados ao tempo da gestão de José Ribeiro. O Primeiro processou-lhe por incumprimento de um acordo de cooperação e ganhou a causa em tribunal.
Em contradição, e face aos desfalque verificados na gestão de Ribeiro, o novo ministro da comunicação social decidiu promover-lhe como adido de imprensa no exterior, num acto entendido como gratificação pelos serviços de propaganda que o ex- responsável do Jornal de Angola fazia ao governo de José Eduardo dos Santos.
Não obstante a isso, o ex- director António José Ribeiro é o único futuro adido que teve direito a escolher o país onde quer ir como diplomata, neste caso a Suíça, onde trabalhou no passado. Presentemente, Ribeiro recusa-se a viver em Angola e está aguardar pela sua nomeação em Portugal, país de que é detentor de nacionalidade e onde a família vive.
Para o comentarista angolano Pedro Malembe, a impunidade e a gratificação a José Ribeiro, mostra que “o PR João Lourenço não vai combater a corrupção e que as suas promessas são para ser levadas a seria porque no fundo o objectivo do seu grupo é apenas tirar José Eduardo dos Santos da liderança do MPLA, recuperar a popularidade do regime e manter as mesmas praticas”.
