Malanje - O secretário-geral do MPLA, António Paulo Cassoma, pediu hoje (sábado), em Malanje, mais senso de responsabilidade e disciplina por parte dos militantes nas acções de dinamização do combate à corrupção, nepotismo, impunidade e outras práticas de má gestão da coisa pública, previstos nas acções do partido e garantir o sucesso do programa de governação da organização para o quinquénio 2017-2022.

Fonte: Angop

O político, que discursava durante o lançamento da agenda política nacional do partido para 2018, frisou que, para se atingir altos níveis de sucesso nos cinco anos de governação, é determinante que o MPLA materialize tudo quanto prometeu durante a campanha eleitoral, com realce para o combate aos referidos males e a satisfação das aspirações do povo.

 

Precisou que nestes esforços, os militantes devem ser cada vez mais patriotas e apoiar o Executivo, através da difusão do impacto das medidas económicas e sociais em curso no país, como forma de se moralizar e resgatar a confiança da sociedade pelas instituições públicas, tendo recordado ainda que o MPLA tem grandes responsabilidades em criar todas as condições para que os desideratos dos angolanos de ver o país a crescer se efectivem.

 

Para além do combate à corrupção, segundo o secretário-geral, o MPLA propõe-se em submeter ao parlamento este ano, um conjunto de tarefas tendentes a realização exitosa das eleições autárquicas, antecedida de um diagnóstico sobre o estado actual dos recursos humanos, financeiros e infraestruturais dos municípios que dispõem de melhores condições para a implementação das mesmas, em respeito aos princípios do gradualismo e da transitoriedade.

 

De igual modo, frisou, o partido vai promover a execução do processo de delimitação territorial de cada circunscrição, bem como estudar a elevação de algumas comunas à categoria de municípios.

“Reforçaremos ainda o trabalho de formação política e ideológica dos quadros do partido e militantes a todos os níveis para as eleições autarquias, porque representa um teste ao partido, visto que almejamos resultados mais expressivos que os das eleições gerais de 2017”, enfatizou.

Com base nisso, António Paulo Cassoma informou que na agenda política do MPLA para este ano constam também, a realização de um balanço exaustivo sobre o desempenho do partido nas últimas eleições, para a partir daí serem traçadas medidas correctivas e promover uma análise sobre a vida interna da organização, de modo a melhorar a sua eficácia e restituir a empatia do povo.

Realçou que assegurar a criação de condições para que a JMPLA e a OMA assumam um protagonismo cada vez maior na sociedade, sobretudo nos segmentos onde cada uma se insere, por meio de uma interacção mais dinâmica com as comunidades, cabendo ainda para a ala feminina a consolidação do seu papel de vanguarda na luta pela estabilidade das famílias, figuram dentre as metas constantes na agenda do partido para 2018.

Outra questão não menos importante que, segundo o secretário-geral do MPLA, foi tida em conta na agenda política do partido para 2018, é a revitalização da crítica e do debate político no seio do partido, instituições sociais e em espaços académicos, exortando, por isso, os militantes a estar aptos em dar o seu contributo face aos distintos fenómenos sociais e políticos, tendo sempre em conta a diversidade de pensamento e melhoria do desempenho da organização.

No domínio da diplomacia partidária, António Paulo Cassoma destacou a necessidade do fortalecimento da cooperação e solidariedade para com os partidos políticos com os quais o MPLA detém laços históricos, sobretudo os da região e os da internacional socialista.

A agenda política ora apresentada está assente em 10 eixos e contempla essencialmente acções que visam o combate às más práticas de gestão pública, medidas de fortalecimento das estruturas de base e intermédia da formação, criação de mecanismos para realização das eleições autárcicas, entre outras matérias e tem como lema “reforcemos o papel dirigente do MPLA, em apoio ao Executivo na difícil tarefa de melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”.

O acto de lançamento do documento, foi testemunhado por membros do bureau político, do comité central e provincial e militantes do MPLA a vários níveis.