Luanda - O chefe da diplomacia angolana pediu hoje aos recém-nomeados embaixadores de Angola na Europa, África, Ásia e organizações internacionais, que hoje começaram a receber formação, ajuda para melhorar a imagem do país no exterior e captar investimento estrangeiro.

Fonte: Lusa

Manuel Augusto, que discursava hoje na abertura do curso de refrescamento para embaixadores, que se estende igualmente às embaixatrizes, apelou ainda ao estabelecimento de parcerias necessárias à aceleração do desenvolvimento económico e social de Angola.

O ministro das Relações Exteriores de Angola sublinhou que as relações internacionais são um processo complexo e dinâmico, que exige de cada um dos diplomatas angolanos "redobrada atenção e constante atualização de conhecimento".

Segundo o governante angolano, este exercício de refrescamento para embaixadores e embaixatrizes enquadra-se no âmbito de um plano que visa capacitar a componente humana da atuação diplomática angolana.

Durante 23 dias, os novos embaixadores de Angola em França, Bélgica, Luxemburgo, União Europeia, Espanha, China, África do Sul, São Tomé e Príncipe, Botsuana, SADC, Quénia, Escritórios das Nações Unidas em Genebra e representação permanente de Angola junto das Nações Unidas, vão ser munidos de informação para o aumento da sua capacidade de intervenção nas mais diversas circunstâncias e cenários.

"Aumentar a presença do Estado junto das instâncias multilaterais constitui também um dos nossos atuais desafios, o que deverá ser feito quer através de uma participação objetiva e atuante nos diversos eventos e negociações, como por via da inserção de quadros angolanos nas diversas organizações e organismos internacionais", disse Manuel Augusto.

O titular da pasta das Relações Exteriores de Angola chamou focou ainda "especial atenção às relações com as empresas multinacionais, às Organizações Não-Governamentais e outros atores transnacionais".

No curso a ser ministrado pelo Instituto especialistas angolanos do Instituto Superior de Relações Internacionais, os diplomatas angolanos, muitos pela primeira vez a exercerem este cargo, vão abordar matérias como a política externa angolana, protocolo e cerimonial diplomáticos, técnicas de negociação internacional, informação e análise, gestão financeira e de recursos humanos, ética profissional, entre outros temas.