Luanda - *O retrocesso generalizado na representatividade da mulher e dos jovens na política nacional (fenômeno verificado em todos os partidos políticos) requer uma séria reflexão...*

Fonte: facebook

Para todos os angolanos, “Corrigir o que está mal”, deveria, de futuro passar por ver como prioridade a resolução do lamentável problema da sub-representação dos JOVENS e das MULHERES em lugares de destaque na política e no Estado angolano em geral.

 

Há uma boa vontade genuína, porém sentimos que não se põem em prática em actos, as boas intenções no que concerne a uma real e justa inclusão da maior franja da população (mulheres e jovens) em áreas que se debruçam e/ou decidem sobre a vida e o futuro de todos os angolanos.

 

Nós a Sociedade Civil, devemos apelar a todos os partidos políticos e coligações que apresentem candidatos, ou realizem assembleias ou eleições internas, que possam fazer uma reflexão no seu seio, em respeito ao que diz a Constituição sobre a igualdade de oportunidades e não só e, que as eleições autárquicas possam servir como uma oportunidade para corrigir esta lacuna e o desfasamento gritante entre a realidade demográfica do país e a nossa realidade política, no qual temos uma minoria (homens maioritariamente acima da idade da reforma) a ocupar a maioria dos lugares de destaque nos partidos políticos, no Estado e inclusive nas empresas públicas.

 

Esperamos que haja coragem e que não seja perdida a oportunidade de de facto corrigir o que está mal, colocando as mulheres e os jovens no lugar onde sempre merecerem estar: inseridos de forma justa e equitativa em todas as áreas da sociedade, sem prejuízo dos outros cidadãos, pois não há idade máxima para a ocupação de cargos electivos ou de nomeação. Pedimos apenas bom senso e uma maior consideração e respeito ao voto das maiorias (Mulheres e jovens).

Welwitschea dos Santos “Tchizé”

“Nota de Rodapé”:

O texto pode ser entendido como uma crítica implícita a todos os anteriores e actual governo, porém este retrocesso é uma questão quiçá ligada a factores históricos, mas que podem e que devem ser dirimidos a médio prazo.

 

Não se está apontar o dedo, nem se buscam culpados. Pede-se porém uma solução que vise dar respostas aos anseios destas franjas de se sentirem mais envolvidas e ainda melhor representadas, no processo democrático e na construção de um país onde mais inclusivo e melhor para todos: homens, mulheres, jovens, velhos e crianças.