Luanda - A secção começou as 11h00 na sexta secção do tribunal Dona Ana Joaquina e teve como juíza a meretíssima Jorgina Lussua que previamente pediu aos jornalistas para não registarem a sua voz nem tão pouco a sua bela imagem (deixou claro que se por ventura a sua imagem aparecer por aí o autor vai sentar no bamco dos réus ) .

Fonte: Club-k.net

De facto, a juíza é muito linda e demasiada extrovertida, animou a sala de audiência repetidas vezes com questões relativas aos mediáticos casos (Isabel dos Santos, os 500 000 000), repetiu cerca de 10 vezes a frase tornada célebre no caso dos 15+2 "este julgamento é uma palhaçada" fazendo analogia com a entrevista prestada por Rafael Marques na qual dizia "vai ser mais uma palhaçada" , referindo-se ao julgamento quando questionado por outro jornalista.


A juíza se colou no seu devido lugar e procurou salvaguardar o peso institucional do Sistema de Justiça, uma vez que ela reconhecia que outros julgamento semelhantes haviam sido convertidos em palhaçada. Igualmente, vale reconhecer a postura do Ministério Público que apesar da sua representante não ser simpática como a juíza, mas pautou sempre por fazer as coisas de acordo com o que se estuda e aprende nas escolas jurídicas. Os réus estiveram muito bem, firmes e seguros muitas vezes e por outra havia um ligeiro lapso por parte dos dois réus:


- A Juíza questionou ao Rafael Marques se depois de tornar público a informação sobre o envolvimento do PGR em actos de corrupção no caso de um terreno, se já uma vez regressou lá para saber do desfecho do mesmo, sendo um jornalismo de investigação. O réu respondeu que não regressou no terreno desde que foi tornado público a respetiva matéria;


- Quanto ao Mariano Brás, a Juiza procurou saber as razões que estiveram na base da alteração do título para "procurador acusado de corrupção".


Estas duas questões foram as fundamentais e derivaram outras destas.


Enquanto decorria o julgamento era nítido o respeito que a Juíza nutria pelo Rafael Marques e não só, pelo David Mendes que esteve na sala simplesmente como visitante. Tão simpaticamente a juíza falava de forma superficial de algumas matérias de escândalos que são do domínio público e estão em voga para arrancar o sorriso do auditório e fazia questão de dizer sempre "só espero que não dizem que isto é uma palhaçada" e ainda mais procurou exemplificar "se isto aquí é um circo significa que eu sou já a chefe dos palhaços e os advogados assim neste circo representam o quê? e tú Rafael neste circo és quem? " no final da secção pediu desculpas ao Mariano Brás por algumas indirectas que lhe mandou e reconheceu as qualidades do advogado Horácio que foi colega dele de turma e estava na qualidade de advogado do Rafael Marquês. Finalmente, A juíza considerou falta de respeito ao mandatário do senhor João Maria de Sousa que procurou justificar a sua ausência porque está a fazer diligências noutra província, a próxima secção ficou marcada para o dia 16 de Abril do corrente ano.