Lisboa  – O Serviço de Investigação Criminal (SIC) é acusado em meios castrense, em Luanda, de ter propositadamente tirado o nome do comandante geral da Polícia Nacional, Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda”, no processo judicial, ligado à rede de indivíduos que tentaram de forma fraudulenta negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares, propostos por uma empresa tailandesa e destinada a vários projectos em Angola.

Fonte: Club-k.net

Policias foram os primeiros a ter contactos com os tailandeses

A rede tailandesa propôs-se a financiar dois projectos semelhantes, um que seria habitação para antigos militares das FAA e outro para agentes reformados da Policia Nacional. Nesta ordem, os supostos burladores estrangeiros tiveram contactos com os órgãos superiores destas duas instituições de defesa e segurança, nomeadamente com o Chefe de Estado Maior General das FAA, Geraldo Sachipango Nunda e com o Comandante Geral da Policia Nacional, Alfredo Eduardo Mingas.

 

“O desalento reside no facto de sabermos que não se esta a falar no suposto envolvimento de graúdos na Policia Nacional como o actual comandante , o Sr Panda ou do comissario Ekuiki.”, lembra uma fonte recordando que “Haverá aqui alguma proteção do SIC. Foram eles, alias que mantiveram os primeiros contactos com os estrangeiros, alguns deles detidos , num ambiente com direito a brinde e muito mais.”

 

Na sequencia de denuncias de que a rede tailandesa estaria a usar um cheque falso ou sem cobertura, o SIC que é a entidade que fez a instrução preparatória do processo, colocou de parte o nome do comandante da Policia Nacional.

 

As suspeitas sobre esta exclusão, é associada ao facto de que o Director do SIC, comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre e o comissário Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda”, serem sócios de uma empresa privada de segurança, a “K&P Mineira”, junto com um antigo comandante-geral da Polícia Nacional, José Alfredo “Ekuikui”, que também participou nos contactos com a rede de burla Tailandesa.


No processo da rede Tailandesa, na qual o general Nunda é mencionado na qualidade de Presidente da Assembleia, da cooperativa habitacional dos ex-militares (“Ondjwo Yeto”), estão também como arguidos os generais Altino dos Santos, Chefe de direcção de Planeamento do Estado Maior-General das FAA, e outros dois oficiais reformados: José Manuel Arsénio, Presidente da cooperativa e antigo logístico das FAA, e Afonso Lopes Teixeira Garcia «Led», também ele dirigente da cooperativa e antigo Vice-chefe do Estado Maior General para a Logística e Infra-estruturas.


Foram também constituídos arguidos  os antigos responsáveis da Unidade Técnica para o Investimento privado (UTIP), Norberto Garcia, e da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem.