Lubango - O arcebispo emérito do Lubango, na província angolana da Huíla, Dom Zacarias Kamwenho defendeu a realização das eleições autarquias e acrescentou que elas “não devem meter medo”.

*Teodoro Albano
Fonte: VOA

As suas declarações surgem numa altura em que através do país se debate como deverão ocorrer as primeiras eleições autárquicas a decorrer em 2020.

 

Gradualismo territorial/geográfico ou funcional eis a questão do momento, com o governo e o partido que o sustenta o MPLA a apontarem para a primeira opção.

 

Na Huíla, a sociedade civil também se faz ouvir.

 

O economista Samuel Candundo, sem desvalorizar o mérito dos defensores do gradualismo territorial, receia que esta opção possa promover assimetrias já por si evidentes em Angola.

 

O também docente universitário e especialista em Finanças Públicas apoia um debate profundo sobre as autarquias sem esquecer as pessoas das zonas do interior.

 

"As pessoas na localidade devem resolver os seus problemas seja qual for”, disse.

 

O arcebispo emérito do Lubango, Dom Zacarias Kamwenho, por seu lado, não tem dúvidas que é aconselhável avançar-se com o gradualismo funcional, porque, segundo afirmou, o geográfico seria bastante discriminatório.

 

Para o responsável católico, o mais importante é a responsabilização de cada um seja onde estiver.

 

Ele conclui dizendo que "as eleições não podem meter medo a ninguém".