Zaire - Em função do debate que se gerou sobre as eleições autárquicas, onde o gradualismo funcional e territorial é o foco principal do debate. Entendi dar o meu contributo...

Fonte: Club-k.net

1. Gradualismo Funcional

Há 20 jovens que devem casar, cada um deles tem um emprego diferente do outro.

8 Jovens têm um salário que lhes permite custear as esposas sem a ajuda do pai. 12 Jovens não têm um salário que lhes permite custear as esposas sem a ajuda do pai. O pai destes jovens permite que cada jovem case com a jovem da sua preferência.

 

O pai permite os casamentos. Mas os 12 jovens passam a ter o seu apoio para custearem as despesas das suas casas. E na medida que os rendimentos dos mesmos vai crescendo, paulatinamente o pai vai reduzindo o seu apoio aos mesmos e estes paulatinamente vão se tornando autónomos.

 

Quer dizer, inicialmente eles não têm a autonomia de facto. Pois este pai contribui quase na totalidade nas despesas das casas desses seus filhos. Mas na medida que vão aumentar o rendimento, o pai transfere as responsabilidades que assumia paulatinamente aos mesmos. O pai transfere todas responsabilidades aos 12, quando atingem um rendimento que lhes permite custear os seus lares sem a sua ajuda directa.

2. Gradualismo territorial

Há 20 jovens que devem casar, cada um deles tem um emprego diferente do outro.


8 Jovens têm um salário que lhes permite custear as esposas sem a ajuda do pai. 12 Jovens não têm um salário que lhes permite custear as esposas sem a ajuda do pai.

 

O pai destes jovens permite que inicialmente só os 8 jovens casem. Mas se compromete em auxiliar os 12 que não estão em condições pra custear as esposas sem a sua ajuda directa. Para que tenham rendimentos que lhes permitam custear as suas esposas. Para que num curto espaço de tempo possam casar e possam custear as esposas sem a sua ajuda directa.

 

Em suma. Os 20 filhos perante a lei são iguais, todos têm legitimidade em casar. Mas nem todos têm possibilidades de custear as esposas sem a ajuda do pai. Mas uns dizem: "deixem que todos casem, mas passe a custear as despesas das casas dos filhos que não têm possibilidades de custear as suas esposas na totalidade".

 

E há aqueles que entendem que avançar num casamento se ter-se possibilidades de custear as esposas, não é o mais sensato. Por isso entendem que inicialmente os que têm possibilidades de custear as esposas sem a ajuda direita do pai casem. E os que não têm possibilidades de custear as esposas sem a ajuda do pai. Que não casem, nesta primeira fase. E o pai os auxilie de modo que possam aumentar o rendimento para num curto espaço de tempo possam casar.

 

Um filho que casa e o pai do mesmo passa a custear a esposa do mesmo quase na totalidade. Esse filho na realidade não é casado de facto no sentido literal. Pois um dos princípios fundamentais para alguém casar, é que o mesmo deve ter possibilidades financeiras para custear a sua futura esposa.

 

Uma autarquia que depende financeiramente como as actuais administrações municipais... Posso afirmar que não é literalmente uma autarquia, é uma autarquia no sentido figurativo, é uma administração Municipal, mas que tem o seu administrador eleito.

 

Quer dizer, com gradualismo funcional, não teremos autarquias em todos municípios de facto, devidas as especificidades de cada município. Haverá municípios que irão eleger um "autarca", mas não serão autarquias. Serão administrações municipais, mas com administradores eleitos. Mas no gradualismo territorial os municípios que serão seleccionados na fase inicial serão de facto autarquias.