Lisboa – José Eduardo dos Santos (JES) revela-se determinado em deixar a Presidência do MPLA, ao contrario do desejo de se manter até 2021, para supostamente realizar as eleições autárquicas.

Fonte: Club-k.net

Fontes partidárias, disseram ao Club-K, que o sinal mais visível de que desta vez, é para ser “levado a serio”, é que o líder dos ‘camaradas’ deixou de ir a sede do partido e transmitiu aos seus colaboradores que só irá aparecer para conduzir a reunião do Bureau Político (BP) que vai convocar o Comité Central para marcar a data do congresso extraordinário. Desde que assim, determinou, às últimas reuniões do secretariado  BP do MPLA, passaram a ser dirigidas pelo Vice-Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço.

 

No ano passado, JES prometeu deixar a política activa em 2018, e ao mesmo tempo indicou o nome do seu Vice-Presidente no partido para concorrer as eleições gerais. No primeiro semestre do corrente ano, e em reuniões partidárias deu sinais de desonrar a sua promessa de se reformar gerando contestação interna. As contestações foram agravadas com outros sinais como a restruturação de um BP, com quadros descomprometidos a João Lourenço e a transferência do seu antigo directo de gabinete no palácio Presidencial, Paulo “Nito” Cunha para a sede do partido. O sinal mais agravante foi o desejo declarado de ficar na liderança do partido até 2021.

 

Na sequência das pressões dentro do partido, o líder Eduardo dos Santos ficou sem saída convencendo-se de que a melhor solução e evitar contestações prejudiciais a sua imagem, seria a marcação de um congresso para resolver o problema da liderança do MPLA.

 

JES liderou Angola sucedendo Agostinho Neto. O seu legado ficou marcado pelo processo de reconciliação com a UNITA, a subsequência estabilidade militar, diferente aos outros países que registram convulsões militares. Por outro lado, ficou prejudicado pelas pratica de corrupção, enriquecimento aos seus filhos, violação aos direitos humanos, banalização dos órgãos judiciais, e instabilidade social agravada com a pobreza e ao descontrole sob a criminalidade.