Luanda - A cidadania é um estado de cidadão natural. Revestido de deveres Direitos e consciência de participação cidadã. Isento de Bandeira ideológica partidária. A Militância Partidária é um estado de cidadão comprometido à um objectivo grupal ansiando o poder governativo numa cumplicidade intrínseca.  

ImageA cidadania revê-se na obediência ao estado, as suas leis ordinárias e Constitucionais, organizadas de forma democrática e racionais ao seu ambiente social e histórico. Ao contrario da militância partidária que rege-se por um estatuto, simpatias. Envolvente de afectividade e vontade, apoiando em campanhas, cores e pessoas.

A cidadania no seu fundamental papel propõe debates, é isento de simpatia, reduz a afectividade e a vontade. Apoia campanhas até o seu prazo legal e cria um vínculo entre (Cidadania e Governação). A cidadania defende o candidato que lhe da a garantia da competência, da honestidade e da ética Pública. A militância (…) rege-se ao recurso dos objectivos à alcançar pela cumplicidade do grupo ou partido. A cidadania é um princípio de respeitabilidade que vê a “Liberdade como uma Cidade imensa onde cabem todos Cidadãos”. A militância Partidária, entretanto, é “Dividir para melhor reinar ou reinar para melhor dividir”.

Na sequência da cessação do processo eleitoral a massa associativa partidária que possui fidelidade canina ao partido auto exclui-se da consciência cidadã. Neste caso, acontece a apatia partidária, acusando o partido de os abandonar. Sem se darem conta que nesta fase o Partido tanto perdedor como vencedor estão a cumprir a transição de um interesse partidário o de ganhar as eleições ou oposição para um interesse e compromisso de responsabilidades de Estado, que é a Governação. Na qual o seu maior destinatário é a sociedade no geral vingando uma governação transparente norteados pelos princípios da democracia como condição humana e da igualdade. A cidadania activa, por sua vez, dá respaldo as perspectivas do Estado, com o exercício da denuncia, do testemunho, da troca voluntária e o respeito da dignidade humana. A militância passiva, não tem desenvoltura para se investir do compromisso com a nação. Pois vive do conceito Partido-estado.

Tudo isso, deve-se porque políticos inconvenientes usam discursos sustentados por meros boatos, por opiniões fracas, mal esboçadas, manipuladas, e até mesmo desinformadas, para controlar os militantes. O não pensar nos problemas, o anúncio de mediadas populares e irrealistas o apelo aos sentimentos mais baixos e primários das populações, bloqueiam decisões úteis e necessárias, causando decisões e comportamentos drástico. Contornando-os a obediência partidária estática. Pode se justificar tais argumentos recorrendo à usual Expressão Forum-Próprio que é de tal forma banalizada nos dias de hoje pelo PARTIDO com a intenção de calar o eleitorado ou militantes. Hoje mais do que nunca, esta Expressão é usada como escapatória para manipular e compelir os militantes de exprimirem os seus sentires com relação a vida social e do Partido. É preciso deixarmos claro que a expressão Forum-próprio não significa secretismo. Um partido de Massas como é o MPLA, gabado de tal privilégio ao usa-la deixa a significar que os debates livres das realidades políticas, sociais e humanas têm que ser feito em Capela-cistina. Quer dizer; fechado. Como é feito a votação Papal, como manda o Direito Canónico legal.

O discernimento consciente e desapaixonado da expressão nos diz o intelecto que Fórum-Próprio é a ocasião que determina a realidade em que se está. Como o amor não faz sentido sem o beijo. Por Exemplo: se a dado momento lhe cair uma pedra em cima, a dor ou o susto que lhe pregar vão lhe causar delírios, este sentimento aparece porque a ocasião lhe proporcionou este ambiente, que lhe podemos também apelidar de Fórum-Próprio. Num contexto mais profundo aproximando um exemplo mais realista dos conceitos políticos podemos dizer que a Campanha eleitoral é um Fórum-Próprio, onde o berro da militância Partidária, as promessas eleitorais até mesmo ofuscas, coagem o eleitorado as cores da sua bandeira preferencial. Sem restrições ou até mesmo secretismo. Sei também que em linguística a expressão literária não é temporizada. Não muda o seu significado, Para Gregos uma coisa… para Troianos outra. Esta é uma expressão que durante o tempo tem feito o papel de Capitão-do-mato. Reprimindo como escravo todos que devem obediência e fidelidade a democracia. Pois a banalidade com que é utilizado retira aos militantes do Partido o sentimento social. Regendo-se por um sentimento partidário cego, reagindo à todas situações de forma apaixonada e leviana. Entretanto, a consciências política que nutri estes militantes é anti-social, a psicopatia política e obediência passiva são uns dos estados clínicos destes militantes.
Contudo, com estes senhores falsos moralistas a cidadania é alvo de uma abstinência composto por três sintomas patológicos:      

1ª - Apatia política – é a falta de estímulo para a acção cidadã. Pode estar relacionada à falta de informação sobre os direitos e deveres dos cidadãos; de vias de comunicação directa realmente ágeis do cidadão em face do aparato do Estado; a falta de tradição participativa e à excessiva demora na resposta de solicitações ou críticas;

2ª - Abulia política – é não querer participar da acção cidadã, é recusar-se. Pode estar relacionado ao cepticismo quanto a manifestação do cidadão efectivamente ser levado em consideração pela administração pública; a falta de reconhecimento e estima colectiva para actividades de participação cidadã;

3ª - Acracia política – é não poder participar da acção cidadã. Está ligado directamente ao baixo grau de escolaridade dos requerentes; ao formalismo administrativo e a ausência da prática de conversão de solicitações orais em formalizadas; a falta de esclarecimento dos direitos e deveres das partes nos processos administrativos; à complexidade e prolixidade excessiva das normas administrativas, além dos graves problemas de ordem política e económica.

As estratégias contagiosas, que formam o quadro patológico acima descrito, originam a redução de quadros e a percepção humana na esfera partidária e nacional. A oposição cível detentora do verdadeiro sentir da sociedade e fiscal activo da coisa pública, não tem espaço para de forma livre discutir assuntos e livre formação de opinião pública. Porque os investidos da militância Partidária, domados como um Leão exibidos num circo à mercê  do domador, fora da Campanha Eleitoral, partidarizados, sua linguagem musculada e inconsequente, obstrui a relação entre Cidadania e Governação.
A militância partidária é como o Marketing político esconde o verdadeiro carácter e ideias dos candidatos.

Presos à Disciplina Partidária estamos muitos; cúmplices de irregularidades impedindo os militantes a discernirem com transparência. O secretismo ou (circuito fechado) origina espaços vazios para o acolhimento da corrupção e a subjugação.

A consciência sem acção é vazia. Manuseados por um populismo Direitista, os militantes se reduzem em simples espectadores da vontade de um grupo de Magnatas, Sirs, disfarçados em Camaradas. Não sou contra o Populismo. Mas condeno o populismo com praticas populistas sem qualquer sentido social que imprimem meios de conquista de Direitos sociais e liberdades individuais. Mesmo porque na minha convicção política e intelectual o populismo é o estímulo das revoluções. Mais deixo claro, que hoje os homens verdadeiros e conscientes não fazem Revolução fazem Bibliotecas.  

Ao contrário da militância Partidária a Cidadania tem a função de auscultar e cobrar promessas eleitorais. Discutir, votar questões e projectos. Suprimir a revolução e apelar ao incentivo dos Preceitos da Moral. A par disto, se individual sempre projectando uma acção privada com fins públicos. A cidadania é uma forma de liberdade que faz o homem distinguir com clareza e livre vontade de escolha. A libertação do indivíduo formaliza conceitos pacíficos e contributivos à sociedade. Ao avesso, a Militância Partidária escamoteia as desigualdades sociais reais e individualiza os direitos à favor de quem já tem e a desfavor de si mesmo (militante). Em concordância com infidelidade partidária (falta de democracia interna), reagindo contra o conceito de que a actividade política tem por objectivo o interesse colectivo. No compromisso de cumplicidade partidária só vence quem está no circuito fechado. Como sempre, de fora as massas.

Fórum-próprio secretamente codificado como Circuito fechado; daí nasce o verdadeiro fundamento da sua banalização. Não é uma expressão em si indecente. Esta futilidade é fruto daqueles que as custas da militância partidária comercializam a herança social, para consolidam impérios e meter a sociedade à seu serviço.

É verdade também que muitos companheiros militantes nos criticam por considerar os anseios democráticos como ilusões dos intelectuais. Por que para a militância partidária o partido suplanta a ética pública e o chefe é detentor das ideias e tudo vive em torno si. Por fidelidade à máfia desta expressão instrumentalizada, caracterizou-se a miséria e as desigualdades sociais em Angola – A existência de povo e não povo

Em tempos mas recuados a Expressão Fórum-próprio foi marcada pela falta da argumentação racional, evoluindo para o uso sistemático da violência física. Não era tempo de destruir a ideia dos opositores: era preciso aniquilar os seus autores. Quando a cidadania se afirma, o militante se descobre como cidadão. A correlação de força é maior, a ditadura recorre a gestão das suas práticas para uma espécie de melhorismo.

A expressão Fórum-Próprio sem nenhum interesse comum, apenas individual e elitista origina a impossibilidade para as classes dominantes se manterem sem se produzirem mudanças de comportamento político. Em contra partida, é a principal causa de abertura de fendas filtradoras dos descontentamento e a indignação das massas oprimidas numa democracia aparente; crise nas «Alturas».
 
O mundo de hoje não é o de 33 anos atrás. Os políticos, sindicalistas e as populações vão ganhando consciência dos seus Deveres e Direitos política civis, sócias, económicos, a consciência de controlo social e no seu mas profundo sentimento o desejo de humanização do seu meio. É por isso, que é chegado o momento, de novas formas de fazer política, para estabelecer a confiança com as massas e banir a insurgência.

Fonte: Club-k.net