Lisboa - Faleceu ontem (17 de Maio) ao principio da tarde, na cidade de São Paulo (Brasil), num hospital social, a diplomata Alice Ondina de Sousa Mendonça, que naquela cidade exercia as funções de Vice-Cônsul para área Administrativa.

*Paulo Alves
Fonte: Club-k.net

A Vice Cônsul já se encontrava doente a algum tempo, porém, o seu falecimento, infelizmente, quer se queira, quer não, foi, segundo uma fonte abalizada “acelerado” por motivos desumanos por parte do Cônsul Geral naquela cidade, Belo Mangueira, e igualmente da Direcção do Ministério das Relações Exteriores, particularmente na pessoa do seu Secretário Geral, Sr. Agostinho Van- Dúnem que pura e simplesmente ignoraram das necessidades financeiras que a funcionária necessitava para prosseguir com o seu tratamento.


“O Cônsul Belo Mangueira, por incapacidade ou maldade e má de negociar com o hospital, foi dizendo que não tinha dinheiro e que a funcionária estava a gastar demais com o tratamento, passando a bola para o Mirex que também lavou as mãos sem fazer absolutamente nada e, assim lá se foi uma vida.” Lamenta a fonte.


Nesse “ping-pong” entre o gestor principal do Consulado (Belo Mangueira) e a Direcção do Mirex, a Vice-cônsul. Alice Mendonça ficou 3 meses privada do prosseguimento do seu rigoroso tratamento, até que amigos seus a encontraram em casa num estado lastimável e tendo em conta que o Consulado nada fazia pela funcionária, encetaram demarches nesse hospital social e a muito custo a suas expensas a conseguiram internar, porém, já numa condição muito precária por ter ficado 3 meses sem a sua medicação.


Segundo a fonte “Foi tão desumano, que o Consulado nem sequer sabia em que hospital a sua funcionária se encontrava internada. Por esta razão o Consulado só teve conhecimento do falecimento da mesma por um telefonema ontem á tarde do Secretário de Estado para a Cooperação, Vieira Lopes para o Cônsul Geral Belo Mangueira”


“Em pleno século 21, embora a saúde da Vice Cônsul já se encontrasse num estado critico, foi inacreditável e desumano o apoio dado pela sua entidade patronal, escudando-se sempre da falta de dinheiro” disse a fonte lamentando que “É doloroso ter que morrer assim.”


“Não houve dinheiro para salvar uma vida e, agora esse mesmo dinheiro já apareceu para transladarem o corpo para Portugal onde será sepultado por razões familiares”, acrescentou.