Luanda - Por motivo de explanação, a «islamização» é um processo que consiste em converter-se à religião e aos costumes islâmicos, da cultura árabe, obedecer e aplicar restritamente a lei islâmica. Noutras palavras, o Islamismo é uma religião monoteista, fundado pelo Profeta árabe Maomé, cuja Doutrina se encontra codificada no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. O Maometismo, fundado pelo Maomé (571-632), funda-se na Doutrina de que, “Alá é o único Deus e Maomé o seu Profeta, devendo os seus seguidores expandir pelas armas a nova religiâo, para assim a tornarem universal e suprema.”

Fonte: Club-k.net

Nesta questão especifica, é importante observar, nesta frase conceitual, acima sublinhada, quatro aspectos fundamentais que caracterizam o Islamismo, sendo: universalidade, supremacia, expansionismo e uso de armas, como instrumentos principais da sua implantação e afirmação no mundo. Os quatro principios, do Islamismo, acima referidos, tornam-no «todo-poderoso», na sua relação com outras entidades religiosas e politicas. Alias, no sentido real, o Islamismo é Movimento Politico e Religioso de expansão da cultura e da religião islâmica, com fim de dominar o mundo, e estabelecer a hegemonia islâmita.

 

Com efeito, o Islamismo aplica a politica de dois pesos e duas medidas. Nos países muçulmanos, rejeita categoricamente a presênça de outras religiões, como o caso do Cristianismo. Porém, noutros espaços religiosos, de diferentes costumes e culturas, o Islamismo impôe-se a força, obrigando as autoridades locais reconhecê-lo. No caso de resistência ou de objecção, a reação tem sido dramática. Criando medo nas pessoas com vista a estabelecer a sua hegemonia politica, religiosa e cultural. Portanto, os principios universais de liberdade de culto, de consciência, de crênça, de convivência e de coexistência pacifica, consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, não têm sido respeitados no mundo islâmico.

 

Importa notar que, se olhar bem ao mundo actual, constata-se a crescente cultura de violência, protagonizada pelos grupos extremistas islâmicos, com pretexto de expandir e impôr a «ordem islâmica». Neste respeito, a Europa, ao longo de muitos séculos, vinha resistir à expansão islâmica ao seu territõrio, contendo-a dentro do seu espaço tradicional do Médio Oriente e do Norte da África. Todavia, a instabilidade actual na região mediterrânea abriu as portas da Europa ao influxo migratório árabe, sem ter capacidade de contê-lo. Hoje, a Europa está inudada pelos imigrantes árabes, que não deixam de impôr sua vontade politica, cultural e religiosa, criando distúrbios em todos cantos da Europa e do Mundo.

 

A migração árabe, acima descrita, além dos factores sociais, económicos, militares e humanitários, que assolam a Região do Médio Oriente, tem outros fins, como por exemplo: O povoamento árabe na Europa; a implantação muçulmana neste espaço; e a expansão islâmica aos países industrializados do ocidente. Pois, a ocupação demográfica da Europa, acelerará a tomada da Africa Subsaariana, que foi colonizada pelas potências europeias. Esta Região da África, em grande parte, é dominada pela Civilizaão Cristã, assente nos costumes e nos valores etno-culturais das populações locais.

 

Na verdade, este fenómeno expansionista muçulmana, já é uma realidade inequívoca, bem presente na África Subsaariana, implantando-se gradualmente, em grande escala. No caso especifico de Angola, o regime do António de Oliveira Salazar, o Soberano Português, bloqueava todas as incursões islâmicas nas suas Colónias (provincias ultramarinas) em África, conforme eram designidas pelo Poder Colonial Português. Hoje, Angola está dentro da esfera da influência do Islamismo, a ser ocupada gradualmente pelos grupos radicais. Criou-se uma vasta rede de estruturas, bem cobertas, através de quintas isoladas; fazendas agropecuárias; armazens, lojas e cantinas – espelhadas pelas cidades, vilas e aldeias. Numerosas mesquitas estão espalhadas por toda parte, através das quais se difunde o islamismo e conduz acções clandestinas, operativas e faz-se o recrutamento de jovens operativos, enviados aos treinos algures no Mundo Árabe.

 

Os focos principais, destas actividades, bem simuladas, têm incidências no sector diamantífero; no sistema bancário; na venda informal de divisas; no branqueamento de capitais; no financiamento de operações ocultas; e no recrutamento de jovens e mulheres, que são convertidos ao Islamismo; enviados aos países muçulmanos; onde são submetidos ao processo de doutrinação e de formação clandestina e operativa. A expansão islâmica em Angola atingiu proporções alarmantes; presente em todos os sectores dos aparelhos do Estado; aproveitando a corrupção galopante como instrumento de aliciamento de responsáveis e de jovens. Usando dinheiro e bens para corromper as comunidades locais e seduzir as mulheres angolanas, que são convertidas e usadas como instrumentos reprodutivos.

 

Conforme foi dito acima, a Colonização Portuquesa, que prevaleceu durante séculos, ao longo da costa atlântica, combateu intransigentemente qualquer tentativa da penetração muçulmana no teritório angolano. Portanto, a situação que se verifica actualmente em Angola é da inteira responsabilidade do MPLA, sob a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos. Alias, tudo começou em Janeiro de 2007, em Abuja, na Nigéria, quando Angola foi admitada à Organização dos Países Exportadores de Petroleo (OPEP).

Esta Organização, dos países produtores de petróleo, é composta, na sua maioria, por países árabes. Os Estados Membros da OPEP são os seguintes: Arábia Saudita, Emiratos Àrabes Unidos, Iraque, Irão, Koweit, Qatar, Argélia, Líbia, Nigéria, Angola, Indonésia e Venezuela. Era evidente, de que, em busca de «petrodólares», dos países árabes, produtores do petróleo, o Governo Angolano tivera sido pressionado para permitir a entrada massiva do Islamismo em Angola, sem pôr qualquer precondição. Isso serviu de «contrapartida», para a filiação de Angola no Cartel Petróliféro e para o acesso facil aos financiamentos da Comunidade Islâmica.

Note que, foi na mesma altura, quando a porta de Angola deixou-se abrir aos créditos bancários e aos investimentos avultados da República Popular da China. Por imperativo do dinheiro, na base da acumulação primitiva do capital, muita coisa aconteceu, que comprometeu o futuro do país, com as consequências disastrosas que se fazem sentir neste momento. Na verdade, Angola está totalmente entregue aos interesses alheios, em que, os abutres, aves de rapinas, estão espalhados por toda parte do território, na pilhagem da riqueza do país – sem freios nenhuns.

A entrega de Angola ao mundo árabe constitui um fenómeno melindroso, cuja dimensão e natureza é bastante complexa e oculta. Só o Presidente José Eduardo dos Santos e seu circulo interno, sabem os meandros dos compromissos assumidos na comunidade internacional. Esses compromissos, além de tudo, são reflectidos no volume tão elevado da dívida pública de Angola, mantida em segredo. Além da presença islâmica no país, em grande escala, houve investimentos avultados do Governo Angolano, através da SONANGOL, no Norte do Iraque, na fronteira com a Síria, onde o Estado Islâmico foi erguido. Este assunto tem sido mantido em silêncio pelo Governo Angolano.

Durante as Sessões Conjuntas das Comissões de Especialidades, sobre o OGE-2018, um Ancião respeitável do MPLA, teve ousadia de referir-se a este Negócio oculto, no Iraque. Infelzmente, os aunxilares do poder executivo, presentes na sala, mantiveram-se indiferentes, como não tivessem ouvido nada. Nessas circunstâncias, de incerteza, fica dificil determinar a natureza do Negócio e os parceiros involvidos; ocorrido numa área bastante complexa, onde cruzam diversos interesses, incluindo dos grupos extremistas, com uma implantação forte. Infelizmente, o povo angolano sabe muito pouco daquilo que tem estado acontecer lá fora, em detrimento das suas vidas e do futuro dos seus filhos.

O facto é que, no mundo da globalização, da época contemporânea, não permite viver numa ilha isolada, sem que haja entrosamento com outros povos; num convivio de intercâmbio cultural; por interesses diversos; na partilha de conhicimentos; na transferência de tecnologias avançadas; e na cooperação económica, comercial, politica e militar. Só que, este convivio humano, deve respeitar a diferênça; deve abraçar o espirito de co-êxistência pacifica; e deve salvaguardar os valores etno-culturais e religiosos de outros povos, assente na antropologia cultural.

A questão crucial do Islamismo é de que, não é capaz de conviver com costumes, usos, hábitos, prácticas, crenças e tradições de outros povos. Pelo contrário, o Islamismo impõe-se; julga-se ser todo-poderoso; não reconhece a personalidade (o ser) de outrem; diaboliza e combate outras entidades politicas, culturais e religiosas; evocando o Alá, Deus do povo árabe. A santidade, nesta Doutrina, está apenas consagrada ao Islamismo. As outras Crenças e Religiões são tidas como manifestações do Diabo, do Demónio e do Satanás, que devem ser erradicadas. Logo, este Conceito, de violência e de exclusâo absoluta, é o fulcro da Doutrina muçulmana, que lhe difere diametralmente do Cristianismo, que consagra a valorização da vida humana, a tolerãncia, o ecumenismo e o amor ao próximo.

Em síntese, quando olharmos para a realidade de Angola de hoje, vê-se claramente a presênça enorme de interesses estratégicos das grandes potências mundiais. As potências ocidentais, por exemplo, dominam a indústria petrolifera angolana, no alto mar, com tecnologias mais avançadas. A China, por sua vez, tornou-se o maior importador do petroleo angolano; principal credor do Estado Angolano; e maior investidor no país, em diversos sectores. A China, como segunda economia mundial, busca suplantar os Estados Unidos da América, como potência global. Por este motivo, ela tem interesse de conquistar espaços estratégicos do mundo, como o caso específico de Angola.

A Rússia, por seu turno, é Aliado histórico do MPLA; principal fornecedor de armamentos ao Estado Angolano; e parceiro estratégico de Angola no sector das Telecomunicaçóes. Sendo o fabricante e administrador do AngoSat, que responsabilizará pelo todo sistema cibernético e telecomunicaçoes de Angola e de outros países da África. Acima de tudo, a Rússia, a nivel mundial, procura recuperar os espaços perdidos no fim da guerra-fria; fazendo recurso à força militar; como instrumento estratégico de expansão e de supremácia mundial.

O Médio Oriente e África, na geopolitica mundial, ocupam os lugares cimeiros, no xadrex estratégico, das potências mundiais. Angola, neste caso, é um factor decisivo, em termos da geoeconomia e geoestratégia. Logo, o mundo árabe, através da Doutrina Islâmica, está determinada em conquistar África Subsaariana, no sentido de controlar os recursos minerais; controlar as Vias marítimas; isolar a Europa; e enfraquecer as potências ocidentais. Nesta questão, os Estados Unidos da América, sem Europa, sem Médio Oriente e sem África, fica sem poderes nenhuns, para exercer sua influência no Mundo.

Portanto, a instalação de uma Base Naval da Marinha Americana, nas Ilhas de Cabo Verde, visa dois objectivos estratégicos, que revelam a visão estratégica dos Estados Unidos da América, neste região: Controlar as Vias máritimas do Oceano Atlântico, ao longo da Costa Africana, e manter o controlo efectivo sobre a Regiáo do Golfo da Guiné – Rica em Petroleo. Em suma, feita esta análise substantiva, tendo em conta a fragilidade do Regime do MPLA, é bem provável que, Angola venha enfrentar grandes desafios, dos grupos radicais islamitas, e de disputas crescentes entre as potências mundiais.

Luanda, 01 de Março de 2018