Luanda - Os dois activistas foram assassinados por agentes do Estado angolano em 2012 e desde que a sua culpabilidade ficou provada os familiares têm procurado obter ajuda e indemnizações por parte do Governo

*Manuel José
Fonte: VOA

Jerónimo Cabral, tio de Alves Kamulingue, disse que as duas famílias estão a discutir meios de tentarem força a aplicação de uma promessa de 300 mil kwanzas mensais.


"Onde está essa garantia? Alguém bloqueou a pretensão do Estado e deixou as famílias a sofrer durante estes seis anos”, disse.

 

“Nós queremos descobrir quem é essa pessoa que bloqueiou a garantia dada pelo estado angolano", acrescentou Jerónimo Cabral.

 

David Mendes, advogado da associação “Maos Livres” cujos advogados assistem as famílias de Cassule e Kamulingue, classifica de “barbaridade” o que Estado pagou pelo assassinato dos dois activistas.

 

"O Estado que mata dois cidadãos e manda indemnizar com quatro milhões de Kwnzas é uma barbaridade”, defendeu Mendes, lembrando que é o "mesmo Estado que manda indemnizar um director de uma empresa por milhões milhões e meio de kwanzas só porque um sindicalista o tratou de incompetente".