Luanda - Algumas dezenas de angolanos marcharam este sábado, em Luanda, contra a violência e a «banalização da criminalidade» no país, pedindo medidas para inverter uma situação que consideram como «arrepiante, inconcebível e inadmissível».
Fonte: Lusa
Contra banalização da justiça
A marcha, «pacífica e silenciosa», foi organizada pelo Observatório para Coesão Social e Justiça de Angola e decorreu a partir do início da tarde, na marginal de Luanda, sob o olhar atento e acompanhamento dos efetivos da Polícia Nacional.
«Não às execuções sumárias, respeito à vida e à integridade física» ou «A pátria é de todos e a paz e tranquilidade deve ser para todos» foram os apelos estampados nos cartazes dos manifestantes.
Membros da sociedade civil, ativistas cívicos, estudantes ou camponeses juntaram-se à marcha, que pretendia lançar um «basta à crescente onda de violência» que se regista sobretudo em Luanda, «sob o silêncio das autoridades».
A camponesa Mariana Manuel, residente no bairro dos Ramiros, arredores de Luanda, também participou da marcha, denunciando, por exemplo, invasões e usurpação de terras naquela localidade.
«Pessoas estranhas e da administração municipal invadiram a zona com máquinas e durante a manhã toda houve uma tremenda agitação dos camponeses, porque nem sequer a administração conseguiu explicar o que se passava. O que é uma tremenda violação dos nossos direitos», disse.
Por sua vez, o estudante Jaime Domingos explicou que participou na marcha para manifestar o seu «descontentamento» sobre os índices elevados de violência que se registam diariamente no país, sobretudo na capital angolana.