Cazenga - As escolas devem realizar fóruns de discussão sobre o bullying envolvendo a comunidade, pais, encarregados de educação e outras entidades, sugeriu esta quarta-feira, 20, em Luanda, o psicólogo clínico Fernando Kawendimba.

Fonte: Angop
Falando à Angop, no município do Cazenga, em Luanda, no final de uma palestra, sobre o tema "Bullying, suas consequências no processo de ensino e aprendizagem", disse ser necessário investir na prevenção para cultivar nas pessoas uma certa auto-estima, conhecer-se, aceitar-se como é, e sugerir mecanismos de auto superação, porque ninguém é igual a outro.

Disse ser importante que as crianças tenham consciência sobre o assunto, suas consequências e como fazer para extinguir ou diminuir os índices do bullying nas escolas, tanto ao agressor, vitima e espectador (agitador).

Segundo o psicólogo, o bullying é identificado em pessoas em idade escolar, geralmente em crianças e adolescentes, embora também se a presente em pessoas de outras idades com características como acima do peso, pouco atraentes, tímidas ou mesmo ricas, qualquer um que vai para além do normal, é vítima

O professor universitário explicou que este tipo de violência geralmente é intencional e repetitiva, causando um prejuízo significativo na auto-estima na vítima, seja a nível pessoal, académico, social e ocupacional.

Segundo Fernando Kawendimba, a violência é frequente nas escolas, mas também em outras realidades como instituições públicas e privadas, igrejas, clubes desportivos e pontos de concentração de pessoas com características diferentes.

O psicólogo diz que as consequências são devastadoras, e as vítimas podem desenvolver comportamento depressivo muito grave como insónias, perda de apetite, dores de cabeça constantes em função da incidência, em casos extremos podem chegar ao suicídio.

Existem vários tipos de bullying, prosseguiu o docente, o verbal, moral, físico, psicológico, material, sexual ou através da internet.

O encontro foi uma iniciativa da Oficina do Conhecimento, formada por académicos de diversas áreas do saber que pretendem incentivar e difundir informações, capacitar e formar os jovens sobre diversos assuntos de interesse nacional, entre outros.

A Oficina do Conhecimento nasceu da necessidade de levar às comunidades a informação, no intuito de estimular o interesse das pessoas sobre os assuntos que preocupam os angolanos.

A oficina tem como objectivo manter o diálogo, realizar palestras e debates interdisciplinar que concorram para a busca de condições e soluções dos assuntos do quotidiano.