Luanda - O assunto que faz referência à heróis foi marcante nas culturas milenares, todavia, ouvimos até aos dias contemporâneos, o eco de heróis, até mesmo na geografia que define os contornos de Angola. Tais ecos encontram – se na história de homens nacionalistas, patriotas e humanistas, que salvaram Angola do caos e definiram novas estratégias para tornar livre o país das circunstâncias que o faziam refém dos maus tempos.

Fonte: Club-k.net

A figura heróica, não está ligada somente à uma época ou à uma sociedade, como faz recordar Rúbio, admite – se, que, o herói, faz – se presente em todas as mitologias, nos vários momentos históricos por que passou a humanidade, representando diversos papeis sociais. Assim o herói pode ser um revolucionário, um nacionalista destemido à salvar um povo, um estratega que põe fim ao caos que sitia um determinado tempo, um político de relevo histórico e patriótico que deu contributo emblemático para o bem da humanidade, um cientista que salva a sociedade sob cunho de suas descobertas, um santo, um profeta, um líder corajoso e determinado à salvar um povo, um artista, etc… A associação entre homens de feitos insólitos e heroísmo remonta à épocas imemoráveis da história. Pode – se dizer que, a figura mítica do herói, vem à reboque da figura de homens que fizeram história na humanidade, à seu tempo, fizeram acontecer coisas impossíveis, transformando circunstâncias complexas em soluções exequíveis, nisto, cai – nos, a sorte de não deixar de anule, o tão elevado sentimento de orgulho e de honra, que faz vénia à pessoa de dos Santos, como um herói de contributo inegável no encontro de Angola, com os novos tempos.

 

A radiografia sobre os feitos de José Eduardo dos Santos deve ser transmitida para as gerações vindouras, para que no tempo e no espaço, não se tenha de perder o que temos de bom contributo para o enriquecimento do nosso panorama cultural e histórico, como um aprendizado que venha inocular nas novas gerações novos desafios para o futuro, através de uma aprendizagem contextualizada (situated learning), significativa e, consequentemente, duradoura.

 

O tão valioso feito angolano de carácter histórico, antropológico, político, social e humanista, que faz relevância aos factos mediante os quais a história que marcou a caminhada da personagem heróica José Eduardo dos Santos seja um fenómeno de consulta inevitável para o enriquecimento da grandeza da nação angolana, não nos aparecerá agradável à guisa da vontade de todos, como facto de necessidade imperiosa no cultivo de um novo horizonte social e humano para a Nação à dimensão do ansiado pelo público, se antes não fizermos como dever de causa impreterível, os caminhos espinhosos pelos quais o MPLA se fez obrigado à trilhar para que os homens, vivos ou mortos se transformassem hoje em heróis na terra pela qual lutaram e morreram. O MPLA é o combustível de carácter essencial, através do qual, a personagem dos Santos ganha contornos nítidos na geografia política que afigura o quadro nacional, revelado como um dever de causa e missão obrigatória para os anseios de todos os angolanos de origem, raça, tribo, folclore, região, religião, cultura, língua e tradição, etc…

 

Sem que, nos seja transmitida a consciência que fez da história uma memória do passado a ser contada no presente ou no futuro, nunca nos teríamos encontrados. A grandeza da frase – quem somos? Emerge no terreno de memórias históricas partilhadas. “Por isso, o sentimento de identidade - entendida no sentido de imagem de si, para si e para os outros - aparece associado à consciência histórica, forma de nos sentirmos em outros que nos são próximos, outros que antecipam a nossa existência que, por sua vez, antecipará a de outros. Ao assegurar um sentimento de continuidade no tempo e na memória a consciência histórica contribui, deste modo, para a afirmação da identidade - individual e colectiva”.

 

Se no plano objectivo o papel de dos Santos foi crucial na satisfação dos interesses plasmados na Pátria angolana, no plano subjectivo imperou o concretizar das aspirações do ecossistema angolano, implicando dizer que dos Santos foi durante muitos anos o factor condition cine qua non para a realização do País nas variadas esperas nacionais. Apesar do ente angolano ser vítima de um período arruaceiro e perdido entre balas e canhões, dos Santos foi o termo de totalidade fundamental no que concerne o ultrapassar das circunstâncias aqui sofridas. A teoria da aprendizagem situada (situated learning) postula que as ideias e as acções humanas são entidades complementares ao serviço da adaptação do homem ao ambiente em que está inserido. Aaprendizagem situada tem como foco a forma como o conhecimento humano se desenrola, tendo como epicentro a acção, e na interpretação que cada um faz, dessa mesma acção.

 

O País viu – se contudo de algum modo resgatado pela intervenção absoluta de dos Santos, nas questões sérias e complexas que ditavam o passado, e pela recuperação de uma política tímida que faz do discurso de factos que não têm exemplos práticos. Dos Santos faz exemplo de virtude para a radiografia de sua trajectória histórica que passa para os angolanos de hoje e do futuro, enquanto nacionalista, patriota e humanista, tal como fez presente Cunha na sua obra, o seguinte escrito: “as virtudes são múltiplas, como sabemos; exemplos de virtudes morais serão a lealdade, a honra, a benignidade, a hombridade, a laboriosidade, a perseverança, e muitas mais, nem sempre apercebidas, virtudes de um grande valor é até a gentileza da alma”.

 

A personagem dos Santos nos entrosa ao tabuleiro de uma figura heróica que enfrentou épocasimpossíveis, pelas quais o País foi forçado a viver, através dessa organização de índole política, a figura dos Santos, se revela num marco incontornável na descrição dos factos históricos que expressaram o curso natural das coisas à luz do ocorrido no transacto do País.

 

O facto é que o Excelentíssimo Senhor Eng. dos Santos carrega diferentes linhas de interpretações históricas, territoriais e sociais, uma figura no campo do patriotismo, do humanismo e do nacionalismo angolano, que tem papel importante nas representações do espaço dinâmico que ditaram a transfiguração de Angola numa Nação em movimento e em grandes mudanças no plano do progresso. Homem de eterno sentimento de luta, coragem e firmeza em prol da pátria, sempre esteve elevado aos mais altos valores que respeitam a defesa dos interesses da Nação angolana. Seu nome tem missão obrigatória de engendrar aos anéis da história sobre sucessões de gerações, homem de reconhecido engajo, que somente não acredita quem não quer. Foi através de sua alta entrega que fez de África – Austral um território em paz, facto este marcado, pelo fim do Apartheid que, ditava um regime cujo teor visava a segregação racial na Namíbia e na África do Sul. Dos Santos se constitui numa marca cuja chama continuará acesa sobre sucessões de gerações. Seus feitos dão testemunho a nossa já vasta tradição angolana de progresso, se incluem por direito próprio quatro esferas objectivas do nacionalismo angolano: a descolonização, a democracia, a reconciliação nacional e a paz territorial efectiva.

 

BEM – HAJA AO NOSSO GRANDIOSO HERÓI!