Luanda - O país está vivendo num período que irá propiciar uma vida melhor aos povos de Angola. Deste modo o exercício da militância se deve adaptar ao actual contexto do país. E qual é o actual contexto que se vive no país? Primeiro gostaria de deixar claro que o exercício da militância não se resume em dizer amém e amém de Janeiro a Dezembro. Quer dizer o exercício da militância é fazer a crítica construtiva, é participar na vida política do partido, é difundir e defender as ideias da causa, é cumprir o que está estatuído.

Fonte: Club-k.net

Ontem havia uma realidade que hoje qualquer observador honesto sabe muito bem que essa atitude é que colocou o país nessa situação. Pois ontem se reduzia o exercício da militância em amém e amém de Janeiro a Dezembro. Pois ontem a ideia que estava generalizada é que a militância se resumia em amém e amém de Janeiro a Dezembro. O questionar do porque se deveria dizer amem era erradamente tida com uma infidelidade partidária.

 

A propaganda política era ininterrupta, e a imprensa pública é prova disso... mas na realidade nessa euforia que se vivia, a materialização do slogan dos slogans: "O MAIS IMPORTANTE É RESOLVER OS PROBLEMAS DO POVO" era aquém. Nessa euforia se somou em tempo recorde males e males. E esses males na realidade são o factor ou foram esses males que deram a oposição política argumentos que lhe permitiram e lhe permitem convencer o eleitorado. Os resultados do último pleito que se realizou no país provam isso.

 

Então em que contexto está o país? O actual contexto é do CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM.

 

Mas antes de dizer algo sobre o actual contexto do país urge dizer o seguinte. Não é a posição que colocou em marcha o CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM. Então qual deve ser o posicionamento do militante que é parte do partido político que está a materializar o CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM? Simplesmente deve se contextualizar ao actual contexto. Então porque a luta política em Angola nunca mais será a mesma?

 

A luta política em Angola nunca mais será a mesma, pois hoje com a abertura que é notável na imprensa pública, o Ko que está sendo dado em cada uma das acções que monopolizavam a economia e as finanças do país, o outro olhar ao sector social... são indicadores de que hoje se vive numa NOVA ANGOLA. Mas essa NOVA ANGOLA torna A LUTA POLÍTICA MAIS RENHIDA. Até agora a luta política está centralizada, quer dizer, o que se passa na capital do país ou a luta política na capital do país determina o rumo dos acontecimentos em todo país. Mas com a implementação das eleições autárquicas a luta política irá se descentralizar, quer dizer, o voto não será mais resultado do que se passa no país todo, mas sim do que passa nessa circunscrição da parcela do território Nacional.

 

Se ontem o "bilo" político dependia de LUANDA. Pois na campanha se apresentava obras feitas ao nível Nacional. Nas eleições autárquicas o "bilo" político não dependerá do que foi feito ou é feito no âmbito Nacional, mas do que foi feito ou é feito na parcela do território Nacional que se vive. Ora essa nova realidade fará da luta política mais renhida, pois nas eleições Gerais a campanha política é de âmbito Nacional, os feitos anteriores que são apresentados aos eleitores são de âmbito Nacional, mas nas eleições autárquicas esses feitos anteriores que são apresentados ao eleitor num pleito não são de âmbito Nacional, mas de âmbito local.

 

E com essa nova realidade urge que a militância se adapte ao contexto. Que exercício da militância não se resuma mais em amém e amém de Janeiro a Dezembro. Mas que seja um exercício que aponte o que está mal, que propõem soluções, participava, pragmática... Enfim o exercício da militância deve ser patriótica. Pois só desta forma se poderá fazer do país num lugar melhor pra se viver, só desta forma de poderá fazer acontecer o progresso do país. E é só desta forma se poderá contrapor a ofensiva da oposição política. Caso contrario se estará a dar trunfos na manga à oposição política e se estará a dar a oposição argumentos para ele convencer o eleitor. E isso na realidade é dar sem se perceber o poder político a oposição política ou é um transferir sem se perceber o poder político a oposição política.

 

Manuel Tandu "o kutualista"