Lisboa - O governador do Uíge, Mawete João Baptista, decidiu pressionar o comando provincial da polícia nacional a lançar um mandato de captura contra o director da TPA naquela província, Francisco Fina. (Prisão não concretizada ainda porque o mesmo esta fora da província)

 

Fonte: Club-k.net

Direcção em Luanda convoca jornalista para consultas


Em causa está a cedência de um total de duzentos mil dólares para a compra de um dispositivo tecnológico capaz de ligar por satélite a delegação da TPA no Uíge aos estúdios centrais em Luanda. 

 

O  governador alega que tal está no incentivo ao trabalho da média local, porem o jornalista alega ter comprado o material na Europa e está a caminho do país por barco, apesar da demora. Numa reunião interna o mesmo apresentou, em sua defesa, ao Governador um serie de facturas, bilhetes de passagens que atestam a sua ida á Europa.
   

A “irritação” do Mawete terá ido ao rubro nos últimos dias, depois de numa reunião com o seu staff ter dito alto e em bom som que ia mandar o jornalista á cadeia, devido a este assunto.
 

O jornalista Francisco Fino deu nota sobre a ocorrência a direcção em Luanda que o convocou nesta segunda feira para “consultas”, cogitando-se, contudo, um afastamento/ exoneração, para evitar mais consequências contra a pessoa do profissional.
 

Francisco Fino, que se iniciou/notabilizou-se no inicio dos anos 90 na TPA Cabinda, tinha sido transferido a dois anos aos Uíge por alegadamente fazer frente ao delegado da TPA local, conhecido por Chico Zé (entretanto mandado para a Huíla, com a mesma função) um preferido do anterior director geral Carlos Cunha. Francisco Fino é tido como um quadro competente.  
 
Segundo algumas fontes, o governador tem manifestado algumas reservas sobre a cobertura da imprensa local das suas actuações, pois há a sombra do gabinete de investimentos para o Uíge, uma estrutura criada a alguns anos pelo Presidente da Republica para travar o avanço da imagem do anterior governador, António Kangulo indicado pela UNITA, ao erguer algumas estruturas básicas locais.
 
O governador tem sido muito contestado. No Negage corre uma versão alegando que  o clima entre o Mawete João Baptista e o primeiro secretário do MPLA, Pedro Diavova é de clivagem vulgo “cortar  a faca”. Recentemente alguns jornais  em Luanda escreveram artigos em que diziam que o homem estava prestes a ser exonerado pelo PR.  
 
Mawete João Baptista muito próximo ao Presidente JES é um quadro da segurança de estado tendo começado a sua actividade mais visível nos anos oitenta, segundo a “newsletter” Africa Monitor, em Lisboa onde estava colocado junto a embaixada de Angola.  Antes das eleições de Setembro passado exercia o posto de Embaixador de Angola na RDC.