Alemanha - De acordo com a Revista Ngingão Cultural,  o musico Bonga revelou o seu lado insociável na sua última visita à Alemanha para actuar na cerimónia de comemoração do 5º aniversário da daquela edição Revista Ngingão. Nesta cerimónia, realizada no passado dia (02.05.09), na cidade alemã de Dortmund, Bonga, que era o artista convidado especial,  decepcionou a platéia.

 

Fonte: Ngingaocultural

Bonga não sabe conciliar a sua reputação artística
com a celebração de contratos


A sua tão esperada presença, conforme descrevem acabou por se tornar numa figura de terror para as centenas de fãs que estiveram presentes para assistir ao concerto.


A revista conta que tudo começou na tarde de sábado com a chegada do músico ao salão para fazer o som check (ensaios preliminares de som). Bonga, coadjuvado por Lito Graça, baterista do Semba Master, grupo que o acompanhou, revelou a sua performance em arrogancia, ordinarices com insultos públicos.


o jogo de códigos entre os dois, arrogantes, ajudou a indentificar o Complexo e a falta de personalidade de Bonga perante a entidade (Revista Ngingão) que por respeito e carinho pela carreira musical do artista lhe preparara uma homenagem.


O medo de não ser pago foi a razão de sua insegurança. O comportamento mesquinho de Bonga e do seu acompanhante permitiu entender que o artista não conhece realmente o seu valor na arena musical.


Quando se fala de Bonga, pensávamos nós, que se tratava de uma personalidade com estatuto equiparável a Cesária Évora, Bana, Martinho da Vila, Djavan, Alcione e outros, em que seus concertos são tratados por agentes profissionais em condições e que garantem a salvaguarda dos seus mandantes. Mas, isso não acontece com o cantor em causa. Bonga, na sua arrogante vinda a Alemanha, mostrou-se desprovido de conhecimentos contratuais não possuindo qualquer Home Page ou agente que fale por ele. O artista, usando mecanismos rudimentares, começou por tropeçar com o contrato muito antes de ter cá chegado.


Lamentavelmente Bonga não sabe conciliar a sua reputação artística com a celebração de contratos. Ao aperceberem-se dos acordos feitos entre o artista e a parte contratadora, os seus acompanhantes confirmaram as trafulhices do mais velho.


“O kota já está velho e mesmo assim quer continuar a fazer coisas que não entende. Nós dizemos-lhe sempre que seria melhor que fossemos nós a tratar da parte administrativa e ele apenas da parte artística, mas ele não nos ouve e por isso temos tido problemas idênticos”, disse Lito Silva seu fíel acompante.Os outros dizem ainda que a desordem de  Bonga está a fazer com que outros instrumentalistas percam vontade de trabalhar com ele. “Se ele continuar assim vai acabar sozinho, muitos já não querem trabalhar com ele, como é o caso do nosso colega que ficou por causa destas confusões”, prosseguiu, Betinho Feijo, desculpando-se pelo comportamento de Bonga.


No contrato, Bonga exigiu honorário para quatro elementos que o acompanhariam. embora a parte contratadora ter cumprido com a exigência, Bonga veio apenas com 3 elementos e sem pudor, embolsou o dinheiro destinado ao quarto comportando-se como um avarento querendo enriquecer em recuperação do tempo que perdeu.
 

O comportamento de Bonga na sua última visita a Alemanha não foi diferente ao de qualquer outro que ele usa em criticar nas suas canções. A única diferença é que as personagens referidas em suas músicas possuem poderes que Bonga não tem para poder sustentar e tornar visível o seu complexo e arrogância.


Em palco, as suas anedotas ordinárias aterrorizaram os assistentes que lá se dirigiam, pois tinham medo de ser agredidos verbalmente pelo artista. O seu comportamento pouco escrupuloso deixou a plateia decepcionada.

 

Durante o concerto, Bonga correu com todos os rapazes que subiram ao palco para lhe entregar qualquer mimo, dizendo repetidas vezes que gostaria que as coisas lhe fossem entregues apenas por mulheres e não por homens.


O denominado Rei do Semba registou o seu ponto alto na década de 80 com canções de intervenção contra o regime angolano no poder. Na altura, pela sua firmeza e determinação, ganhou carinho e admiração pelo mundo fora, especialmente entre os angolanos que chegaram a considerá-lo como sendo a voz da razão. Contrariamente, no espectáculo do dia dois de Maio, em Dortmund, Bonga mostrou-se cansado do título, assinando as afirmações dos desiludidos fãs que o consideram covarde por ter se rendido à causa que aparentava defender. Neste espectáculo ao interpretar, a pedido da plateia, “Tenho uma lágrima no canto do olho”, um dos seus grandes sucessos, furioso pediu repetidas vezes ao camaraman que parasse com a gravação naquele momento. O comportamento do artista deixa um ponto de interrogação.


Porquê apenas naquela canção? Preferia não acreditar que Bonga está com medo de ser visto em Angola a cantar os seus êxitos. A verdade é que não se importou que as filmagens prosseguissem depois da canção ter acabado!...


Malcom X, Bob Marley e muitos outros considerados defensores de qualquer causa morreram repletos de fidelidade, o mesmo não se pode dizer de Bonga se formos a julgá-lo com base no seu comportamento no concerto de Dortmund. Aí deixou muito a desejar, com um cachet ganho quase de graça, porque Bonga não cantou, ridicularizou-se e mostru o seu lado insociável.