Alemanha - Na passada sexta-feira (28.08) a comunidade angolana residente em Berlim cidade capital da Alemanha, reuniu-se para despedir carinhosamente, de Guido Castelobranco, o antigo Ministro Conselheiro da embaixada de Angola.

Fonte: Gingao Cultural
 
A festa realizou-se num dos salões do edifício da Gloria, graças a boa vontade e iniciativa da comunidade que contribuiu para que existisse comeres e bebidos para despedirem-se do Diplomata que os serviu durante  8 anos de mandato.

A cerimónia com início as 20 horas, contou com a presença de alguns colegas Diplomatas angolanos, Delfim Freitas representante da TAAG na Alemanha e como não podia deixar de ser, a comunidade.
 
A festa foi humildemente abrilhantada pela batucada de Kim e de actuações do grupo “Rapaziada de Berlim”, que apresentaram nova coreografia preparadas com carinho para a despedida do “Colossal”.
 
Senhor Ministro Conselheiro, o que tem a dizer acerca do evento?

Efectivamente foi uma surpresa para mim. No decorrer deste tempo todo, posso dizer que cobrimos o nosso trabalho em defesa do país e do povo do qual a comunidade faz parte. Fizemos tudo um esforço de conceder melhores condições a comunidade. Conseguimos aproximar a comunidade dá embaixada, com ajuda de intelectuais da comunidade que não tiveram problemas em colaborarem connosco facilitando o nosso trabalho.
 
O senhor chegou a ser surpreendido com a homenagem ou foi um acto preparado?

Eu fiquei surpreso de facto porque esta actividade, é pura e simplesmente da comunidade, a embaixada não tem absolutamente nada a ver. Eu também fui convidado nesta homenagem. Ontem (27.08), já foi homenageado pela Associação de Quadros, amanha (29.08), o partido (MPLA), fará possivelmente o seu gesto.
 
Durante o seu mandato, o senhor foi o diplomata que mas esteve em actividades comunitárias representado o senhor embaixador que quase ou nunca apareceu e no seu discurso de gratidão, o senhor disse que depois de cumprida a missão, voltará para Luanda onde esperará a sua próxima nomeação, e quem sabe poderei vir a Alemanha como Embaixador. Acha Alemanha o país ideal para senhor cumprir o mandato de embaixador?

Se um dia eu pudesse ter essa oportunidade seria com bastante agrado que viria para prosseguir o meu trabalho junto desta comunidade. Esta é uma comunidade muito esforçada, todos aqui têm uma formação profissional média e superior. Um dos sonhos que eu gostaria de ver realizado é de que as empresas Alemãs que estão a operar em Angola pudessem levar um ou outro quadro angolano formados porque aqui todos se formaram. Seria um bom esforço uma mais-valia para todos nós. 

Quando eu digo que qualquer dia poderia voltar como embaixador, hoje sou ministro conselheiro, um diplomata com 25 anos de carreira, faço todos os esforços para cumprir com a minha função e portanto só me resta esse posto o de “Embaixador”, e se o meu ministério achar que eu tenho as condições uma vez que já dirigi embaixada, delegações e já fui console geral enfim, é neste sentido em que me refiro baseado numa realidade possível.
 
Sente-se realizado com a prestação de serviços durante o tempo que esteve cá?

No mundo actual com as dificuldades existentes, é difícil que as pessoas se sintam totalmente realizadas, e uma das preocupações era de poder ver inserido nas empresas Alemãs quadros angolanos aqui residentes; Falam várias línguas entre elas o Alemão, então porque não trabalharem nestas mesmas empresas, este é um dos pontos que não foi realizado.

Quanto tempo encontra-se na Alemanha?

Estou cerca de 8 anos, o que não é normal para cumprir uma missão diplomática que é estipulada em 5 anos, mas o meu alongamento na Alemanha, deveu-se á condições de saúde na qual seria submetido a uma operação a um dos meus joelhos, que mesmo assim vou sair sem realizar a operação, mas quem sabe amanha cá ou num outro país poderei realiza-la.

Quer deixar alguma mensagem pessoal?

A em baixada é pequena, para mi devia ser duas vezes maior e com mais pessoal, para poder atender todas as necessidades existentes. Acho também que todos os diplomatas angolanos antes de terminarem a sua carreira deviam passar na Alemanha.
 
Silvestre Guido Castelbranco em companhia de sua esposa Maria Lídia Pedro Teixeira Armando e filhos encontravam-se na Alemanha desde (29.10.01) cumprindo as funções de Ministro conselheiro da embaixada da República de Angola na Alemanha. Uma cara popular na comunidade, Guido acredita ter comprido com êxitos a sua missão, afirmação possivelmente contraria a de muitos que não nutriam simpatia pelo diplomata entre os quais colegas de trabalho.