Luanda - Uma nova estratégia destinada a convencer a população em  aceitar de forma despercebida  o modelo de eleição indirecta para escolha do PR esta a ser posta em marcha por técnicos do MPLA  cuja sintonia dos seus discursos denotam orientação de alto nível.


Fonte: Club-k.net


estratégia sábia e clarividente
 dos tecnicos do MPLA

De acordo com observações pertinentes, a estratégia “clarividente”  passa pelo não uso da palavra/expressão  “eleição indirecta” optando pelo uso de terminologias que equivalem o mesmo  termo mas que sejam do desconhecimento da classe menos instruída e outras em geral.


A nova  terminologia que esta a ser usada é identificada nas seguintes apreciações:

- O Presidente da bancada parlamentar do MPLA, Bornito de Sousa deu uma conferencia de imprensa em Luanda  e no lugar de eleições indirectas usou os termos seguintes: a) eleições em que o presidente é o cabeça de lista; b) eleições presidências por sufrágio universal em que o Chefe do governo é eleito no quadro da eleição parlamentar


- A agencia Angop publicou  uma matéria com o titulo “MPLA propõe modelo de eleição directa com presidente da República à cabeça de lista” e no seu interior usa a nova terminologia optada sem no entanto recorrer ao termo “eleições indirecta”.  O Texto da Angop faz a seguinte introdução “O MPLA propõe o modelo de eleição do Presidente da República por sufrágio universal, directo e secreto, no quadro da lista concorrente mais votada para as eleições parlamentares, em que o candidato a chefe de Estado aparece como o cabeça-de-lista.”


Respeitante a outras inquietações como as candidaturas independentes, o dirigente do MPLA referiu que o novo quadro constituinte imposto pelo PR, permite  as mesmas. De acordo com o exemplo sul africano na qual foi inspirado o modelo “atipico”, os independentes devem se integrar na lista de um partido político sendo ele  o cabeça de lista.


O modelo de “eleições indirectas atípicas” foi sugerido pelo presidente da Republica a quando a visita do presidente sul africano ao país. O especialista angolano em ciências política, Nelson Pestana “Bonavena”, escreveu um artigo de opinião esta semana na qual revela que o modelo sugerido não existe em nenhuma parte do mundo. Na conferencia de imprensa Bornito de Sousa admitiu que o modelo não é Europeu nem foi importado de um outro país africano.