Lisboa  - Jorge Alicerces Valentim solicitou recentemente,  ao governo de  Benguela um lote de terreno para construção de um hotel naquela zona. A informação sobre a pretensão do projecto  hoteleiro foi dada, pelo mesmo, em primeira mão em entrevista a emissora provincial de Benguela.


Fonte: Club-k.net

Estabilidade financeira lhe permite
 apostar em projectos milionários

O político da  indicadores de que deseja passar a sua reforma naquela província que o viu nascer. Esta  restaurar a sua casa no bairro Canata no Lobito elevando a mesma a edifício de dois andares.


A estabilidade financeira que  lhe permite apostar em projectos milionários como hotéis advêm do  “mercenárismo político” que se sujeitou na campanha do  MPLA [nas eleições legislativas]. De acordo com informações qualificadas, Jorge Valentim foi proposto a ajudar a campanha, nas zunas rurais,  da província, na qual  se discursou em umbundo. Em troca terá recebido cerca de 8 milhões de dólares americanos. Por imposição do mesmo, solicitou que o dinheiro fosse depositado no exterior do país, através da conta bancaria de uma filha a residir no estrangeiro.  Logo que teve,  a confirmação da transação monetária deslocou-se ao Lobito e fez uma declaração de apoio ao MPLA. Foi lhe dispensado um aparato de jornalistas para cobertura do trabalho.


Uma versão atribuída ao seu circulo intimo  aponta que no leque das promessas o mesmo terá identificado inconclusividade do pacto que culminaria com atribuição a seu favor, da administração, da província. A mesma versão diverge com informações segundo a qual lhe terão tranqüilizado  que a nomeação do General  Armando da Cruz Neto, "em seu lugar",  visou dispersar indícios de suspeitas que insinuavam que ele e  o MPLA estavam em aliança.


Quem é Jorge Valentim:


Saiu de Angola pela UPA de que foi membro. Foi pelas suas mãos que muitos jovens angolanos eram recebidos nos EUA e com direito a bolsa de estudos disponibilizadas ao movimento de Holden Roberto. Jorge Alicerces Valentim  estudou ciências políticas na Suíça e na altura já era conhecido por dirigir um boletim informativo  que   combatia/criticava um outro estudante, de nome,  Jonas Savimbi.


Mais tarde, aderiu a UNITA a convite de  Savimbi que acabou por lhe fazer delegado do “Galo Negro” no Lobito.  Nos desentendimentos entre os três movimentos muitas famílias na província de Benguela  responsabilizaram lhe pelo desaparecimento físico de jovens em tenra idade. Em Fevereiro de 1976 fugiu do Lobito rumo ao interior (matas). Estava foragido  numa coluna de 50 soldados comandada pelo major Bandeira que em Agosto do mesmo ano se juntaram a coluna de Savimbi.


Na Jamba, alguns dos familiares das vitimas dos seus excessos no Lobito demonstraram  reservas contra si. Num  dos congressos nas matas, o Presidente da UNITA,  Jonas Savimbi, ficou  do seu lado (perdoando) quando os congressistas pediam o seu fuzilamento.

 

A posição de mais destaque que ocupou na guerrilha foi a de Secretario para informação. Era de facto um quadro de peso e de alta confiança. Um primo seu, Mango Alicerces chegou a Secretario Geral do partido.


Nas véspera do feriado do "3 de Agosto" era a figura chamada a exaltar o Presidente da UNITA, Jonas Savimbi que nesta  data não discursava sob pretexto de o que “o bébé não fala”. Valentim conduziu  delegações ao exterior (Entendimentos em Gbadolite, vendas de diamantes em Antuérpia e etc) e esteve também em Lusaka. Desentendeu se com Savimbi e em Luanda ajudou a formar a UNITA Renovada.


Após a reunificação da UNITA, na seqüência da morte de Savimbi, Jorge Valentim, estava a transformar se em “agente duplo”.  Sectores do regime disponibilizavam lhe, espaço de antena em radios (Rna e Lac) para fazer acusações contra Isaias Samakuva. Ao mesmo tempo considerava inaceitável que quadros da sua dimensão não tinha sido acomodados pelo partido . Acabou por ser expulso e juntou se ao MPLA liderando o virtual “comitê de especialidade dos oportunistas”.

Esteve recentemente em Benguela, acompanhado do elenco presidencial, a quando a inauguração da ponte da Catumbela.