Já me pronunciei sobre o pacto que alguns por aí tentam nos oferecer. Mas desta vez venho concordar com alguém que se referiu ao mesmo pacto. Como uma manobra que a UNITA tem para dar continuação ao expermental governo de reconciliação nacional, que no fundo passa a ser um governo para acomodar certas pessoas. Principalmente aqueles incompetentes que estão destinados a fazer suas fracassadas oposições, bando de oportunistas, falsários, contadores de histórias de terrores, aventureiros, mas que preferem ser chamados de políticos da oposição. E ainda dizem que pretendem mudanças, ou que seus programas de governo são o retrato de uma esperança ou mudança jamais vistas pelos angolanos.

Que mudança essa gente deseja, quando o que se quer empurrar aos milhões de infelizes angolanos é um pacto para continuar acomodar generais e ex-guerrilheiros terroristas, e vândalos de todas as estirpes?

Um pacto a essa altura é uma aberração para essa famigerada democracia, é fazer da democracia uma mentira. É um pacto de mentiras!

O direito que o povo tem de votar, de quatro em quatro anos, é precisamente um instrumento que se tem para irmos expulsando os incompetentes no mundo dos políticos e da Administração Pública, tão criticada pelos seus atos de corrupção, bandidismo, delinqüência e até crimes supostamente cometidos; já que, as leis em Angola, são tão “cegas” que não enxergam criminosos de nenhum tipo.

Não queremos pactos políticos. O que queremos é que todos, sem exceção, sigam as regras já estabelecidas. E quem perder que fique na oposição; e quem ganhar que governe com legitimidade, seguindo os princípios. Todos os possíveis princípios que beneficiem aos administrados ou governados. Quem perder que se submeta as regras da democracia, às suas regras e normas. Nada de camablaxos!

Quando as vagas e os cargos na Administração Pública Governamental estiverem ocupados depois das eleições, os sobrantes (os que ficarem sem cargos), se quiserem, que busquem empregos no mercado de trabalho e de preferência na iniciativa privada. Democracia e Capitalismo é assim, o bem estar alcança-se por competência e mérito, e não vivendo das mamas da nação ou do dinheiro público. Como uns descaradamente, sem constrangimento e sem vergonha têm feito e assumido tais privilégios.

Por isso tem gente por aí cantando de que o MPLA deveria deixar o poder. Como se nossas vidas fossem uma bola de ping pong, que devem cair em mãos de pessoas irresponsáveis. Esse tipo de decisão vai ser tomado nas urnas, é o povo que tem que decidir. Esse tipo de decisão não é decisão que deve ser tomada por intelectuais; que tudo sabem, mas sempre estão longe de solucionar alguma coisa. E o pior, estão longe desse povo. E que quando aparecem para fazerem propostas, são propostas indecentes que não interessão à nação.

Um pacto a essas horas só interessaria a quem concvicentemente espera uma derrota nas urnas. Um pacto para aqueles que ainda ostentam os atributos da lucidez e da responsabilidade deve ser visto como um jeito de enganar a população; um pacto a essa altura não interessa a ninguém; não é o que queremos. O pacto já foi feito e cumprido durante os cincos anos que se passaram (2002 a 2007). Agora é a hora do vamos ver, quem é competente para enfrentar as mazelas da democracia capitalista “representativa”. E representativa, não tanto, porque aqui do outro lado do Atlântico os negros (aqueles os descendentes dos nossos antepassados) e os índios só se sentem representados na hora da distribuição da miséria, porque o lucro para esses tem passado muito longe.

Por isso para mim e para quem possa fazer o uso da sua humilde lucidez, esses pactos constituem o início de uma grande mentira. Não é isso o que se deseja.

Nelo de Carvalho,Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.,

Fonte: www.blog.comunidades.net/nelo