Lisboa - Filomeno dos Santos “Zenu”, empresário ligado a uma empresa de construção em associação com a Africa Corporation, da China, foi  recentemente em Luanda, vitima de  uma rede de burla ligada  ao ramo imobiliário que pretendia vender-lhe um terreno cuja documentação era falsa.


Fonte: Club-k.net


Tentaram  vender lhe o seu próprio terreno

A rede que era composta por quatro jovens (Mauro, Massoxe, Divaldo e Paulo)  havia conseguido o contacto telefônico de Zenu ao qual ligou ao mesmo para propor  a venda  de um extenso terreno no cacuaco cuja extensão vai até a funda.  Dada a dimensão do espaço, os jovens  disseram ao filho do presidente angolano que o terreno estava a ser vendido por  35 milhões de dólares.

 

Após ter acesso as coordenadas plasmadas no croquis que lhe fizeram chegar, o empresário apercebeu-se que estava diante de coordenadas geográficas que correspondiam a um terreno que lhe pertence. Zenu simulou interesse no negocio e de seguida  marcou reunião para acerto de pagamento, no hotel mulemba situado na estrada da petrangol nas redondezas do cacuaco.


No dia marcado, os burladores seguiram cedo ao local tendo aguardado das 7h da manha ate as 16 horas. Divaldo  e  Massoxe que eram veteranos no negocio não contaram aos outros dois  que a papelada era falsificada. Entretanto, ficou entre os quatros, acordado que Mauro e Paulo seguiriam em frente ao hotel mulemba. Devido a demora, dos outros dois, Mauro manifestava interesse em desistir  suspeitando que Zenu não estaria interessado, não obstante a sua rápida vontade em aceitar tamanho negócio num espaço de apenas uma semana. (Zenu no dialogo preliminar não manifestou objeção do preço nem interesse de ver o terreno antes de aceitar)

 

No decorre do espaço de espera, Mauro disse a Paulo que iria a rua comprar algo para comer dada a s “excessivas”  horas que aguardavam.  Tão logo deu as costas,  apareceu um elemento aparentemente emissário de Zenu que dada as referências que lhe foi  facultada  dos elementos, aproximou-se a Paulo para transmitir-lhe que o mesmo estava detido.


Paulo foi, entretanto, levado até as instalações da DNIC, no bairro camama.  O outro cúmplice Mauro não foi levado porque não tinha sido flagrado no local.  Divaldo e Massoxe que haviam simulado que estavam atrasados também não foram presos.


O sentimento de indignação identificado em Zenu era a estupefação na forma como foram falsificados os documentos  do terreno que era seu. No decorrer dos interrogatórios, Paulo foi questionado  sobre a rede que recorreram para falsificar o documento mas não soube responder  visto que os amigos não lhe disseram que a papelada era falsa.


Os familiares de Paulo ao tomarem conhecimento que o seu familiar havia sido detido por motivos que até então desconheciam tentaram ligar para altas chefias da policia e  sobretudo a um elemento muito ligado ao Chefe da casa militar da PR, que ligou para Zenu dos Santos  mas sem sucesso. Todas as altas ou influentes patentes que foram  contactadas  diziam que haviam sido informados sobre o caso e que nada podiam fazer por se tratar de  um assunto “bicudo” .  Após 10 dias, Zenu mandou soltar o elemento tendo o caso encerrado a cerca de 20 dias atrás.