Lisboa - O desenvolvimento económico de Angola "vai obrigar a mudanças" no regime, mas transformações no topo do MPLA e o combate à corrupção anunciado pelas autoridades podem, para já, não passar do papel, afirma o escritor angolano José Eduardo Agualusa.


Fonte: Lusa


"Desde sempre que o MPLA não é um bloco coeso, teve sempre diversas correntes. Acredito que exista uma mais democrática e com intenção de combater os problemas reais de Angola. Resta saber se essas pessoas têm força ou não dentro do partido. E a maior parte das críticas vem de fora, de pessoas que podem ter sido militantes mas já estão fora há muito tempo", afirmou o escritor à Lusa.


A sete dias do Congresso do MPLA, Agualusa referia-se, em particular, ao caso do também escritor João de Melo, membro do MPLA, que na sua coluna no Jornal de Angola defende hoje que os angolanos critiquem o presidente sobre os negócios da sua família, no âmbito dos esforços de combate à corrupção.