Luanda - O Povo Angolano ao contrário de outros povos não tem medo de voar, porque desde a independência se habitou a usar como recurso o avião e felizmente conquistou o hábito difícil, apesar da fobia e desconforto que a aviação causa a tantos e tantos...

Precisamos enquadrar a aviação no desígnio do Desenvolvimento e Progresso do País .

Fonte: Club-k.net

A discussão nas actuais circunstâncias, como sugerido, deveria atender a uma Conferência Nacional envolvendo todas as forças vivas da Aeronática, empresários do Transporte Aéreo académicos, universidades e as Entidades Oficiais do Estado e de Governo.


À TAAG, como privilegiado operador Nacional, competiria o ascendente na mudança e adequação das exigências e propósitos para tornar rentável a actividade aérea, e no interesse superior da visão de ESTADO e da INDÚSTRIA.


Com a devida vénia, não nos deveríamos eximir de responsabilidades nesta transição geracional, ao confrontarmos que, de ânimo leve e num ímpeto, estaremos a transferir para a juventude, sem antes, lado a lado, transmitir a experiência e maturidade que determinadas profissões requerem, sob pretexto de acostar os mais experientes (mais velhos).


Quem casa quer casa, nesta perspectiva deveríamos indagar o porquê e para quem Angola comprou os aviões.


1. Apreciar e discutir as variantes que proporcionem a normal utilização dos meios aéreos por uma franja da população, simplificando a mobilidade que de contrário requer horas e dias, e muito menos conforto e segurança.


2. Impor, através da consciencialização e educação audiovisual e de cultura junto das populações, "bilingue" , (Português/língua Nacional) para regular o uso com disciplina e orgulho das infraestruturas, dos recintos aeroportuários e das aeronaves, enfim do Património Público em geral.


3. Promover a autonomia será o cerne da nossa permanência nestes difíceis segmentos do transporte e a única opção viável pois representa um corte substancial das despesas em divisas, pelo que, em absoluto, importa trazer os recursos e competências para dentro de portas (País) nas capacidades da formação, treinamento, qualificação, manutenção e supervisão, etc. Teremos de aprender a valorizar os nossos quadros séniores e não só, começando pelo apreço comum aos trabalhadores e não apenas considerar a mais-valia dos expatriados pelos resultados nefastos do passado recente.


4. Rever e rapidamente manter com acuidade os equipamentos de navegação aérea e aeroportuária nos aeroportos nacionais para reduzir a margem de erro e as probabilidades de insucesso nas aproximações, o que trarão uma redução considerável nos custos e maior eficácia.


5. Construir com carácter de urgência um Hangar (tipo armazém) com dimensões (B777) e estruturas e equipamentos para inspecção e manutenção das aeronaves em Angola, se necessário com equipas de técnicos expatriados por tempos limitados e sujeitos a transferência programada de conhecimento aos quadros angolanos, pois teríamos vantagens sob todos pontos de vista.

6. A expansão do mercado doméstico implica a obrigação uma de base operacional fora de Luanda, em função das aspirações de cada operador e para cortar encargos na estrutura dos custos operacionais que se refletem negativamente no preço dos bilhetes, para ser possível oferecer ao passageiro tarifas mais promocionais e competitivas.


7. Sermos capazes de comunicar e persuadir o Governo sobre a inquestionável e inadiável importância de se apostar na divisão de Carga, para servir Angola e a logística de petróleos e outros sectores; dar resposta a crises como calamidades e outras na estratégia do Estado, enquanto vector na exportação de perecíveis e outros serviços, períodos eleitorais, na demanda do transporte internacional de cargas, por se tratar de elevada rentabilidade para a tesouraria das empresas. Nesta perspectiva, reabilitar interposto na Europa, a exemplo como no passado, Ostende na Bélgica ou num País da Ásia.


8. Pugnar por uma Autoridade Reguladora dinâmica, isenta, competente e atuante, para ajudar a mitigar os desafios, abonar a credibilidade e regular com discernimento os Slots (horários dos voos), para benefício da concorrência e melhor cobertura dos serviços e alternativas de vôos, em que a sobreposição não prejudique a multiplicidade da oferta aos passageiros.


9. No plano organizativo no Sector preparar-se uma redução salarial em percentual até 2021/22, sobre as remunerações dos Titulares de Cargos de Direcção e Chefia, seguindo o exemplo do Executivo, assim como diminuir o número de cargos de chefia para que no total não ultrapassem 5% do número de trabalhadores em cada empresa.


10.Restruturar linhas comerciais e limitar destinos internacionais e frequências em função do retorno e sustentabilidade económico-financeira, no imediato Lisboa, cidades na China, etc, e proceder ao” lay off” do “staff” nestas delegações até certeza de novo crescimento e expansão.


11. O Governo através do Ministério das Finanças deveria determinar a excepção de destinos não operados pela TAAG, que todos os utentes de bilhetes pagos com recursos do erário público, ter como única opção a TAAG, para não transferir despesa adicional ao Estado, que assim ver-se-á na obrigação da compensação cambial as congéneres.


12. Teremos de ter conta que muitos estarão desapercebidamente a alimentar o sonho de pôr fim o sonho da existência da companhia dita de Bandeira (TAAG) a exemplo do que se verificara em outros Países. Se não se cuidar da autonomia própria e o que representa na realização dos vôos dentro do preenchimento das normas de rotina e de segurança aérea, a dependência do que se compra (adquirir) terá que ser inferior as receitas.


13. Neste fantástico mundo da aviação haverá espaço para todos os profissionais, técnicos, pilotos, engenheiros, mecânicos, controladores de tráfego aéreo, advogados, meteorologistas, juristas, economistas, médicos, gestores, psicólogos, informáticos, ex- militares e demais profissionais, em suma, que se bem incentivado e potencializado representaria um activo e “knowhow” para diversificação da Economia, através da exportação na cooperação com os Países da Região e para as Delegações Regionais da ICAO, onde até já trabalha um angolano na Comissão de Transporte Aéreo.