Lisboa - É natural da vila de Chipindu, Huila e estava na casa dos 22 anos quando aderiu ao MPLA. O rosto principal da família era um irmão seu, Fadário Muteka morto pela UNITA. Fernando Faustino Muteka era a época chefe das operações da segurança de Estado no Huambo (de 1976 a 79). Tão rapidamente ascendeu as estruturas do partido/Estado, num espectrum entendido como “indeminização” a morte de Fadário.
Fonte: Club-k.net
Factos ocorridos que impulsionaram a leitura de “indeminização”:
- O Centro de Apoio às Unidades de Produção no Huambo passou a chamar-se “Centro Fadário Muteka”.
- Em curto espaço de tempo, Faustino deixou o Huambo e foi chamado para exercer funções de comissário provincial do Bie (equivalente a Governar), e em menos de dois anos foi transferido para Luanda para exercer funções de Ministro dos transportes e comunicações e mais tarde comissário provincial no Namibe.
No ano em que se da o primeiro congresso do MPLA em Angola, Faustino Muteka foi chamado a Luanda e nomeado Ministro da Agricultura. Quando o regime de partido único cai passou a responder pela Secretaria do Estado do café. No decurso das primeiras eleições gerais no país, integrou o “task” da campanha presidencial de JES como responsável da área da mobilização. Estava entretanto solidificado a idéia que teria caído nas graças do chefe
Na senda do retorno ao conflito armado, JES fez dele chefe da delegação de governo as conversações com a UNITA que culminou com a rubrica do protocolo de Lusaka. Era de facto, uma escolha certa. Era ovimbundo que guardava reservas contra UNITA pelo antecedente do irmão o que faria dele um negociador com pouca probabilidade de trair o MPLA. JES fe-lo ao mesmo tempo Ministro sem pasta.
Com a criação do GURN, JES nomeou-lhe Ministro da Administração Territorial e no V congresso do MPLA passou a responder pelo Secretariado do Bureau Político para área da mobilização. Conhecia, de facto, “bem”, o sul país, ao valer-lhe pelas funções exercidas no passado e de ter sido membro do órgão coordenador do centro sul de Angola.
Faz também parte das personalidades “muito rica” do regime. A uns anos atrás o Semanário Angolense divulgou uma pesquisa que o apresentou como figura-de-proa do grupo, Imporáfrica-imporcar, a que estão associados capitais de Portugal à Índia cuja actividade cingisse na construção civil, agricultura, comércio, venda de automóveis, imobiliário.
Cessou recentemente funções de deputado para regressar ao Huambo como Governador provincial. No dia de empossamento sectores da província mostraram-se apáticos ao mesmo devido ao antecedente que tem na Huila sua província. O antecedente tem haver com um responsável da sua fazenda na Huila que teria fechado um grupo de trabalhadores num contentor causando a morte dos mesmos por asfixia. Mais tarde, o mesmo responsável teria sido enviado para Portugal (passando por Namíbia, África do Sul).