Luanda – O Governo Angolano, através da Procuradoria Geral da República (PGR), instaurou um processo-crime contra os autores materiais e morais do atentado terrorista de 8 de Janeiro na província de Cabinda, em Angola, contra a selecção nacional do Togo, deu a conhecer quinta-feira, em Luanda, o ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos.
Fonte: Angop
O chefe da diplomacia angolana, que falava em conferência de imprensa, acrescentou que este procedimento permitirá, nos seus termos, que seja intentada acções junto dos órgãos judiciais em França e na Suiça, uma vez que este acto foi reivindicado por um cidadão a partir do território francês.
De igual modo, deu a conhecer que as autoridades angolanas apresentaram quinta-feira uma nota de protesto às autoridades francesas pelo facto destas não condenarem, com veemência, e accionarem os mecanismos desejáveis contra o cidadão que assumiu a autoria moral e material do ataque de 8 de Janeiro contra à caravana do Togo na fronteira em Cabinda.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, por este motivo, foi igualmente convocado o representante do governo francês acreditado em Angola a quem foi apresentada uma nota de protesto do Governo Angolano em relação a este ataque terrorista, ocorrido na província de Cabinda.
Assunção dos Anjos sublinhou que o protesto foi apresentado pelo facto de este cidadão circular livremente naquele país e as autoridades angolanas não sentiram que efectivamente a França tivesse despoletado os mecanismos judiciais para por termo a
vontade de prosseguirem com estas acções.
Segundo o ministro, uma vez que a França é um país que matem relações de cooperação e de amizade com Angola esperava-se da parte desta outro tipo de actuação relativamente a “um acto tão gravoso e atentatório aos ideais mais nobres da humanidade”.
“É preciso não esquecer que a caravana do Togo vinha participar numa festa da juventude, da paz e estabilidade, no sentido de dar uma imagem de África diferente”, referiu.
Disse que “num ano em que a convivência desportiva está voltada para o continente africano, existe uma festa em Angola de confraternização entre a juventude africana e, em Junho, com a juventude mundial, onde se pretende realçar valores de solidariedade”.
Para o ministro, acções veementes deveriam ser desenvolvidas para que se possa pôr cobro a atitudes desta natureza que minam e atentam a vida humana.
Em relação à atitude do ministro dos Negócios Estrangeiros Francês, disse que era expectável que este, que no período do ataque visitava a região central de África, condenasse com veemência um acto terrorista desta dimensão.
