Cabinda - Cerca de mil pessoas participaram sabado em Cabinda numa manifestação organizada pelas autoridades, para dizerem “não ao terrorismo” e manifestarem solidariedade à selecção togolesa de futebol, na semana passada atacada quando entrava naquele território.


Fonte: Publico/AFP


O governador provincial, João Baptista Mawete, encabeçou o desfile de quadros do partido dirigente MPLA, de autoridades locais, de jovens futebolistas e de voluntários que estão a colaborar no Campeonato Africano das Nações (CAN 2010).


“Queremos paz, tranquilidade e progresso. Esta marcha é para dizer ao mundo que Angola vive em paz”, declarou Mawete à AFP, procurando contrariar a ideia de que Cabinda não é uma região segura, devido à guerrilha protagonizada pelos independentistas da FLEC.


“Disseram-nos para vir e desfilar com o governador, mas não sabemos bem porquê”, contou à agência noticiosa francesa um dos voluntários do CAN 2010, do qual a selecção do Togo se retirou, depois de no ataque ter sofrido a morte do treinador adjunto e do assessor de imprensa.


Enquanto isto, o homem que reivindicou o ataque, em nome de uma das facções da FLEC, Rodrigues Mingas, poderá ser acusado em França de “apologia pública da violência”, explicou em Paris um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Bernard Valero.


Quinta-feira, o Governo angolano apresentou uma nota de protesto à embaixada francesa em Luanda, exigindo medidas contra os independentistas de Cabinda residentes na França ou que a partir de lá fazem as suas declarações sobre o que acontece no polémico território, que tem fronteiras com os dois Congos.


O Quay d’Orsay reconheceu que Rodrigues Mingas tem nacionalidades francesa, a qual poderia ter sido adquirida por casamento.