João Baptista Kussmua, que falava no acto nacional do Dia Internacional da Criança, esclareceu que a missão cabe não só ao Executivo mas também à sociedade em geral, numa concertação de vontades e esforços na realização de iniciativas convergentes e complementares susceptíveis de garantirem, sobretudo à criança, os seus Direitos Fundamentais.

Ora bem. Mas como continuar um trabalho que nunca foi feito? E se tem sido feito a verdade é que não é visível aos olhos dos cidadãos-eleitores. Por outro lado, é estranho (muito estranho mesmo) que há menos de 90 dias eleições o Governo comece a falar "numa mais abrangente e equitativa distribuição dos rendimentos". Faz espécie por que, na verdade, acção do género jamais fez parte das prioridades da Agenda Social e Económica do Executivo.

Portanto, não estaremos errados se dissermos que a "cantiga" que o MPLA mandou João Baptista Kussumua entoar na terra da Welwitcha cheira à campanha eleitoral.

Para que o trabalho para o desenvolvimento económico se traduza numa mais abrangente e equitativa distribuição dos rendimentos, o ministro João Baptista Kussumua disse que o Governo conta com o concurso da sociedade em geral.

Pois é. Nesta hora em que soa(ra)m os sinos para renovar o seu mandato através das urnas, o MPLA pede (exige) sacrifício a todos. Mas na hora da verdade o privilégio será apenas para alguns. Estão cobertos de razão todos aqueles que dizem que se o MPLA vencer as próximas eleições ( e vai vencê-las mesmo) assistiremos a uma mudança na continuidade, ou seja, continuaremos a ter Menos Pão Luz e Água, tal como vem acontecendo há mais de 30 anos de Independência.

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Fonte: NL