Lisboa - É um dos cabindas do establishment, no seu caso específico situado nas franjas do mesmo (deputado eleito nas listas da UNITA por Cabinda), que o regime do MPLA encara com desconfiança e que o aparelho de segurança mantém sob pressão – por vezes na forma de ameaças.

Fonte: AM

No rescaldo do atentado contra a selecção do Togo foi sibilinamente advertido de que poderia vir a ser-lhe movido um processo de impugnação da sua qualidade de deputado por suspeitas de conotação com “terroristas”, como os separatistas de Cabinda e a FLEC são agora identificados.

A oculta intenção do regime de o aliciar parece ter-se esfumado definitivamente (AM 120), quando recusou o cargo de vice-ministro dos Petróleos, oferecido no seguimento da assinatura do Memorando de Entendimento.

 

Na recente visita de Hillary Clinton a Luanda conseguiu iludir o protocolo e aproximar-se da mesma, em plena Assembleia Nacional, para de forma audível lhe fazer sentir a existência de violações dos direitos humanos em Cabinda.


 É sobrinho de Miguel Nzau Puna, um dignitário cabinda, pela mão do qual, então ainda SG da UNITA, se juntou à organização (chegou a ser director da Vorgan). Acompanhou o tio quando o mesmo rompeu com a UNITA, em 1992, e no rescaldo disso criou um pequeno partido, TRD, a que aderiu.


M N Puna, até há pouco embaixador em Otawa, é actualmente deputado do MPLA, eleito para o CC do partido no último congresso.