Luanda - A Iniciativa Angolana Antimilitarista para os Direitos Humanos apela o Governo de Luanda para cessar imediatamente com todas as formas de perseguições, repressões e prisões arbitrárias contra activistas, advogados e servidores religiosos na província de Cabinda.

Fonte: IAADH


Depois do ataque condenavel contra a Selecção de tutebol da República do Togo, perpetrado por individúos armados afectos a FLEC, o governo tem levado acabo prisões arbitràrias de Cidadãos inocentes, facto que tem sido uma atidude criminosa, desumana e anti-democratica, é uma total afronta aos padrões da Liberdade e da Democracia, aproveitar-se deste mesmo acto para exercer represalias contra quem pensa de forma diferente e que não tenha qualquer ligação com o que ocorreu recentemente naquela Província, é também exercício de desrespeito total pelos valores da Liberdade de Expressão pretender, silenciar ou até mesmo eliminar aqueles que tentam informar a Comunidade Nacional e Internacional sobre o verdadeiro quadro Politico que se vive naquela parcela de Angola.


A Selecção do Togo, sofreu um ataque Militar que veio confimar a existência de Guerra  na Provincia de Cabinda, contrariando aquilo que o Governo Angolano tem pretendido mostrar a Comunidade Internacional, alegando não haver guerra naquela Provincia, veridico é que o conflito militar em Cabinda, arrasta-se a mais de 35 anos, e o MPLA transgredindo o jogo Democratico tudo faz para manter a guerra, negando-se a qualquer aproximação ao diálogo, no sentido de se encontrar solução para a resolução do conflito.


Desde 2002, ano em que o Partido dos Camaradas começou a concentrar sua máquina de guerra na província de Cabinda que o luto multiplicou. De recordar que, aquilo que ficou conhecido como Memorando de Entendimento de Bento Bembe, então General da FLEC e Ministro sem pasta no actual Gorverno foi um fracasso pelo facto do Presidente José Eduardo dos Santos e o General Kopelipa terem colocado os seus interesses pessoais acima dos interesses da maioria da População de Angola e em particular da população de Cabinda.


Os relatórios da Mpalabanda e de outras Organizações não governamentais testemunham e provam a existência de uma guerra imposta pelo regime de JES e do MPLA contra o Povo de Cabinda. O MPLA mesmo em debates públicos onde Angolanos e amigos de Angola levantam a questão de Cabinda, negam categoricamente a existência de qualquer coflito armado naquela província. A IAADH tem advertido insistentemente a comunidade Nacional e Internacional de que o conflito naquela Provincia é uma realidade e todos amantes da paz devem se levantar contra a mesma e fazer pressões contra os beligerantes, um dos fundadores da IAADH e seu actual Presidente manteve contactos directo com alguns mebros do Mpalabanda afim de discutirem sobre uma solução pacifica naquela Provincia. Os Angolanos devem forçar o Governo ao dialogo porque este é a única via para finalizar com o conflito que tem derramado sangue e semeado luto no seio daquela População.


A julgar pelos factos, tudo leva a crer que se a Selecção de futeboll do Togo chegasse a Provincia de Cabinda sem qualquer complicação, o Gorverno ter-se-ia aproveitado da situação para mostrar ao Mundo, que não existe guerra naquela Provincia.


A IAADH condena o facto de que nenhum Procurador Geral ou quem de direito pronunciou-se até ao momento sobre as prisões arbitrarias dos inocentes e exige deles que os responsaveis por tais actos sejam punidos de acordo as leis vigentes no Pais e exige ainda a liberdade imediata dos Cidadãos Dr. Belchior Lanzo Tati, Padre Raul Tati, Padre Congo, Dr. Martinho Nombo, Engenheiro Agostinho Chicaia, Dr Francisco Luemba e Raul Danda. De igual modo a IAADH, condena energicamente o ocorrido no dia 8 de Janeiro de 2010 com a Selecção da Republica do Togo na Provincia de Cabinda.


Feito em Berlim aos 26 de Janeiro de 2010