Luanda - Em visita a Benguela na qualidade de Presidente da República, neste sábado, 20, João Lourenço pode, conforme a apreciação de observadores atentos, aproveitar o momento para perceber ao pormenor os sinais de crise no Comité Provincial do MPLA.

Fonte: Club-k.net

Tanto é que, perante uma série de informações desencontradas em relação ao programa, como ilustra o “puxa-puxa” no caso do Hospital da Baía Farta, poderá constar uma deslocação à sede do CPP.

 

Os sinais de crise ficaram patentes no encontro que Rui Falcão, governador e primeiro secretário do Comité Provincial, manteve, há dias, com veteranos do partido, muitos deles ex-dirigentes.

 

Abandono, falta de cesta básica e não inserção na segurança social dominaram as reclamações, mas Falcão, avesso ao pensamento contrário, tratou de as minimizar e, pior, de “forma ríspida”, bem à sua imagem, segundo dados avançados por alguns dos presentes.

 

Muitos veteranos do MPLA, à partida satisfeitos com uma iniciativa que poderia marcar o início de um diálogo permanente, deixaram o encontro bastante irritados, preocupados com o rumo do partido no poder nesta importante praça eleitoral.

 

Enquanto o MPLA emitia sinais de crise, a UNITA fazia demonstração de força com a mobilização em torno da chegada do novo secretário provincial, Adriano Sapiñala, que considera que a sua chegada provocou medo nas hostes do principal adversário político.

 

Dias antes, vale recordar, Rui Falcão dizia que Sapiñala não aguentaria as suas peugadas, assinalando que bastava o seu secretário no Lobito, Carlos Vasconcelos Cacá, mas muitos militantes do MPLA, cépticos, viam na afirmação uma manobra de diversão.

 

São os mesmos militantes que acreditam na transformação de Benguela em Califórnia, com todas as diferenças que a analogia exige, desde que a província seja dirigida por filho querido, conhecedor das tradições e muito mais.

 

Como sinal de desatenção de RF, os críticos apontam o facto de ter afirmado que o orçamento do PIIM para Benguela é de 5 mil milhões de Kwanzas, quando, e tendo em conta os valores repetidos, é de onze mil milhões de Kwanzas.