Luanda - Se a oposição interrogada aqui, for “uma espécie de instrumento de pressão e/ou de alternância do poder político”, ficamos em melhores condições de abordagem desta temática levantada, fruto da letargia verificada nós nossos tempos. 


Fonte: mukuta.bloguepessoal.com


Dahl, nos limites de seu livro intitulado: “Poliorquia: Participação e Oposição”, caracteriza quatro formas de governos, que também são vistas aqui como formas de relacionamento entre o partido no poder e a força opositora de um territorio (Hegemonias fechadas - regimes em que o poder não seja disputado e a participação política limitada; Hegemonias inclusivas - regimes sem disputas de poder, mas com ampliação da participação política; Oligarquias competitivas - regimes com disputas de poder e participação política limitada; Poliorquias: regimes com disputas de poder e ampliação da participação política). Sendo assim, eis à nossa delimitação. 


Quando questionamos “O Que Faz A Oposição?” no sentido da definição e delimitação já estratificada, não queremos fazer assalto aos fracassos, nem prejudicar os prejudicados, mas sim, queremos dentre outras questões, saber onde vão os contributos ideológicos e financeiros dos seus militantes, a vontade da criação, propósito de existência, vendas e negócios destas organizações políticas do Estado Angolano pela natureza das mesmas. 


Três dias antes da publicação do meu último artigo, uma amiga perguntou-me Coque – mas porque que você gosta de viver tão perigosamente? E eu, respondi-lhe:  “é esta a minha indisciplina, junto d´armação de um governo de aço”.  Quando quis saber mais, eu lhe disse, vamos ao assunto e não me vem aqui fugir o problema em abordagem. Afinal, o que abordávamos de concreto? Nada mais nada menos do que “O Que Faz A Oposição”. 


Hoje se quisermos falar sobre a oposição em Angola ou na Faixa de Gaza, Canadá ou Sudão, Estados Unidos ou Burundi  não é  mais do que, falar da oposição civil/sociedade civil e a oposição política/partidos não no poder, porque, até aquelas organizações não governamentais que tém naturalmente uma inclinação às acções dos “partidos não  no poder” fazem certa pressão a favor do bem estar dos povos são tidas como opositoras. O certo é que não são viradas ao poder político. 


Si por um lado a oposição pode ser as organizações cívicas, por outro lado, os “partidos não no poder”, deviam criar força para reivindicar, protestar, manifestar e reclamar de forma séria as melhores condições para Angola e os angolanos.  


Afinal;  


O que faz a Oposição? 


Faz-se a oposição quando existem opositores, aqui, é onde aparece o físico para falar-nos da força de gravidade e da famosa “queda livre”, os filósofos dizem “bater quem não consegue se defender é  uma estupidez”. 


A força e táctica regimentada pelo regime do MPLA em Angola é  a de armação de aço – Prova disso, a proibição da manifestação dos estudantes contra aprovação da Constituição de 21 de Janeiro – não há como negar, já várias vezes ouvimos políticos a propalarem que não podem servir como carne de canhões. 


Existem várias organizações políticas em Angola. Onde estão? Onde andam? e o que fazem? ao PRS, o terceiro maior partido está perdida a esperança. Ouvimos todos e vimos as informações que dão conta das negociatas de alto nível. 


FNLA, ao sabor do regime, uma organização desfragmentada. Coligação –  ND cumpriu bem a sua missão, nunca foi oposição para o regime, mas sim, para a própria oposição. 


Então;  


O que faz a UNITA? 


Hahahaha... estou com dificuldades de dizer se anda bem ou mal. Parece-me que, hoje, a UNITA receia a traição política do famoso jogo político angolano, que no final é a venda do voto popular por uma migalha de pão, como vimos na aprovação da actual constituição. 


A UNITA mostrou-nos que à migalha de pão não se comercializa, mas a UNITA não consegue mostrar que com os seus esforços luta. A UNITA, não consegue a semelhança do MPLA, fazer uma manifestação pública contra o indesejável ou as violações. 


Deixa-me questionar aqui – si no Irão, Quênia, Sudão, Palestina fazem-se reivindicações públicas, porque que só em Angola é que não se faz? 


Ou tudo vai bem ou tudo vai mal. 


UNITA – O Que Fazer? 


Conclusão:   


Este artigo é fruto dos outros já passados. Todos eles encontram-se em meu nome ou clicando em http://mukuta.bloguepessoal.com ainda assim, tenho consciência de que como qual quer ciência – os que buscam a verdade sempre tiveram muitos inimigos (Lucas 21: 15). Não se pode continuar assim, precisamos de uma frente que verga os imperialistas, as ditaduras e as hegemonias para uma verdadeira Poliorquia.