Depois de vários adiamentos desta decisão eis que chegou o dia "D" para o empresário responder por crimes alegadamente cometidos por àquele que é visto pela sociedade como sendo, o "trungungueiro" deputado, metido sempre em cenas de pugilato contra cidadãos indefesos.

Mesmo sem a sua presença na sala, 132 votos a favor da sua suspensão, 1 voto contra e 8 abstenções, os parlamentares deram assim luz verde ao Tribunal para que o deputado do MPLA responda em juízo pelos desacatos que cometeu.

Do que ficou a se saber, na sala onde decorreu a sessão, Mello Xavier, viajou para os Estados Unidos de América, sem a autorização prévia por parte do presidente da Assembleia Nacional.

" Tenho várias cartas do deputado a me pedir o adiamento desta decisão e o Tribunal também já adiou muitas vezes e em alguns casos o senhor deputado nunca compareceu porque nunca estava presente, ou em Luanda ou no país, e foi muito difícil conseguir ou ter as primeiras impressões dele. Assim e embora contra a nossa prática, nós geralmente nestes casos não temos apreciado estes casos de suspensão do mandato na ausência dos deputados. É a primeira vez que somos postos por este facto. Como podem ver este assunto já data de algum tempo, tem sido protelado e o meu primeiro ofício fala em 2007", explicou Roberto Victor de Almeida.

Depois duma breve introdução do presidente da Assembleia Nacional, Roberto Victor de Almeida convidou o líder da bancada parlamentar do MPLA, Bornito de Sousa na qualidade de "chefe" do arguido. Na ocasião Bornito de Sousa sublinhou que em nenhum momento a presença do deputado condiciona a tomada de decisão do plenário.

" Eu recebi uma carta do deputado colocando alguns argumentos que tem em relação a questão que está a ser apreciada pelo Tribuna, mas eu tive a oportunidade de informar também ao colega deputado que nós aqui não nos debruçamos sobre questões de fundo; ou seja, a questão sobre a qual estamos a nos debruçar é um pedido do Tribunal que nos pede a suspensão provisória do deputado e é apenas sobre isso que vamos nos debruçar", disse.

O parlamentar adiantou que qualquer argumento deve ser colocado " e como não podia deixar de ser, junto do próprio Tribunal. Se o Tribunal e a qualquer momento vir dizer que não era necessária esta suspensão, a Assembleia iria simplesmente vincular a este pedido do Tribunal", revelou.

" Por outro lado, nós temos vindo a pautar por uma postura de obstrução `a justiça e de cooperação institucional. Pensamos que esta não pode ser uma excepção. É nesta ordem que nós votaremos em função daquilo que tem sido prática nesta casa", enfatizou o político.
 
Fonte: Unitaeuro.com