Uma epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus do ebola na República Democrática do Congo levou as autoridades angolanas a fechar as fronteiras da Lunda Norte e reforçar a vigilância em todas as regiões que confinam com o país vizinho.

O surgimento de vários doentes com febres altas nos últimos dias, na província de Malange, levou a que o Ministério angolano da Saúde enviasse uma equipe para o local para despistar um possível foco de ebola.

O porta-voz do ministério angolano, Carlos Alberto, explicou à Agência Lusa que os casos detectados na província de Malange, de acordo com as equipes no terreno, são de outras doenças, que não ebola, como febre tifóide ou sintomas associados à ingestão de bebidas deterioradas.

Informações contraditórias


Segundo o porta-voz, também na província do Zaire foram noticiados por um órgão de comunicação social chinês, o China Rádio Internacional, a existência de um foco de ebola que já teria provocado 15 mortes e mais de uma centena de pessoas contagiadas.

No entanto, o porta-voz do Ministério da Saúde desmente esta possibilidade, afirmando que "não corresponde à verdade", admitindo que se tratam de problemas com origens em outro tipo de patologias, comuns na região, como o consumo de bebidas tradicionais ou de água não potável.

Também a Organização Mundial de Saúde, segundo o seu porta-voz em Angola, José Caetano, desmente que tenham sido detectados casos de ebola nas províncias de Malange ou Zaire.

A epidemia de ebola já provocou pelo menos 14 mortos e mais de quatro dezenas de casos positivos na República Democrática do Congo.

Entre os sintomas, o vírus provoca febres altas e hemorragias internas, além de fortes dores musculares e falhas no funcionamento dos rins e fígado, com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 90%.

Fonte: Lusa