«Podemos constatar que, na prisão de Luena, os presos são mantidos totalmente nus para que o pessoal das cadeias faça revista às celas. São colocados no pátio todos os presos, completamente nus, sem nenhuma roupa, para que se faça revista», admirou-se o causídico das pobres, falando hoje à Ecclesia.
De acordo com queixas registadas dos reclusos, em caso de protesto, a reacção dos carcereiros é via de regra mais brutalidade física sobre o autor.
David Mendes estimou tratar-se de «um comportamento degradante, que põe em causa a dignidade humana» e ficou chocado com a normalidade com a qual a direcção da penitenciaria admitiu e explicou este mau trato.
Norma internacional
O director nacional dos serviços prisionais justificou esta prática, evocando a norma internacional que acautela vigiar o acesso de objectos proibidos como a droga nas cadeias.
«É norma para que as pessoas não entrem com drogas, objectos cortantes e outros artigos proibidos», defendeu o director nacional, Jorge Mendonça, também ouvido pela Ecclesia.
Explicitou que «sempre que existe informação neste sentido, a direcção da cadeia tem direito de fazer revista sem aviso prévio para tentar detectar dentro do telefone celular, por exemplo, a droga, medicamentos indevidos, comprimidos como a Diesapan, que podem ser escondidos em alguma parte do corpo».
Fonte: Apostolado