O estudo deverá apurar números reais em relação à população em Angola, que se estima entre 15 e 18 milhões de habitantes.
Outra das questões que o primeiro censo populacional em Angola deverá também clarificar é o número de habitantes da capital angolana, Luanda, que as estimativas apontam serem entre quatro a seis milhões.
Para além de tudo isto, o estudo deverá também responder a várias outras perguntas atinentes a realidade do país.
Para concretização deste primeiro censo nos 33 anos de Angola enquanto país independente, deverá ser aproveitada a estrutura que foi montada para o registo eleitoral das eleições legislativas de 5 de Setembro último.
O início da cartografia do país, levado a cabo pelo INE, foi o primeiro passo no processo de decifração da realidade social da população angolana.
A directora do INE, Maria Ferreira, explicou esta semana que o plano global de recenseamento já existe há bastante tempo, mas a data da sua realização não está ainda definida, embora a sua preparação "esteja já bastante adiantada".
Maria Ferreira destaca a necessidade de criação de outras estruturas de suporte ao planeamento desta actividade, que pela sua complexidade e por não ser realizada há muito tempo "poderá torná-la numa das mais caras já realizadas em países da África Austral".
"Com este trabalho vai ser possível termos uma fotografia do que é a população de Angola, de como ela está distribuída geograficamente, idades, saúde, educação e mesmo as suas características físicas", explicou.
Angola é, segundo dados do INE, o único país no mundo que não realizou um censo populacional nos últimos 30 anos, sendo a guerra, que vigorou entre 1975 e 2002, considerado o factor que determinou a ausência deste tipo de estudo sociológico.
Fonte" Apostolado