Disputada inicialmente por dois candidatos, a platéia escandalizou-se  quando na hora da votação os coordenadores da Assembléia excluiram um dos candidatos sem que este fosse informado das reais razões aos olhos da delegação que veio de Luanda para acompanhar o processo eleitoral partidário.

 “Para o espanto de todos, puseram em votação um único candidato, excluindo o candidato potencial tido como favorito e que gozava  popularidade.” Disse ao Club-k.net um dos presentes revelando ter havido manipulação no sentido de votarem para um candidato do agrado da equipa que esteve a frente da organização da conferencia.

Informações que circulam na seio da comunidade dos militantes do MPLA dão conta que a manipulação partiu da senhora Maria Eugenio coordenadora da conferencia. A senhora é igualmente  familiar de um dos responsáveis da equipa de acompanhamento enviado pela sede do partido em Luanda.

De acordo com os manuais internos do MPLA, mesmo havendo um único candidato o mesmo tem que obter a maioria absoluta dos votos  validos, o que não aconteceu na conferencia da Holanda que acabou por eleger um  candidato contestado pelos militantes.

“O que se passou aqui é uma fantochada. Já não é a maioria que decide e que vence. O Presidente José Eduardo dos Santos disse no discurso da III Conferência do MPLA em Luanda, que tem que se combater o trafico de influências e o que vimos aqui é pura e simplesmente escandaloso e vergonhoso” desabafou uma desiludida rapariga acrescentando que “ Todos saímos daqui tristes com este acontecimento”

“O Partido tem que rever casos similares para o bem do MPLA. Seria bom que viesse outros camaradas que não fossem os mesmos para rever este caso, porque assim o Partido não irá longe com cenas deste tipo, e ainda por por cima aqui na diáspora” continuou a mesma fonte “Em Angola é normal acontecer isto mas aqui a gente não tem nada a perder".

Convidado para analisar o incidente, uma fonte independente na Holanda descreveu que “Neste momento os militantes deste Partido se perguntam que democracia é que existe no seio do e que democracia é que o Partido quer defender em Angola” finalizou.

O MPLA partido no poder em Angola esta organizado na diáspora através dos seus comitês de apoio as comunidades no exterior.

Fonte: Club-k.net