Lisboa – “insiders”  no  gabinete presidencial notam  que certas orientações de carácter privado dadas pelo PR são objecto desvirtuação por parte de elementos  de “baixo escalão” que funcionam  no palácio presidencial.

 

Fonte: Club-k.net

A conclusão  que os leva a  chegar, a este ponto de vista, esta reflectida, na acentuação de reclamações  de  individualidades que tiveram  audiências ou contactos com o Presidente da Republica e que   mais tarde ao se cruzarem ocasionalmente com altos funcionários do gabinete de JES notificam  que receberam  por incompleto a solicitação  remetida ao Estadista.

 

Há momentos em que JES  vai a festas familiares e  é  interceptado por velhas  amizades ou pessoas que lhe devam algum favor, e em muitos casos estas aproveitam a  “brecha”  para colocar os seus problemas (na sua maioria  relacionados a problemas de saúde) deixando o PR “encalistrado”. Ficando sem saída, o mesmo  acaba por comprometer-se em ajudar e de imediato da orientação  ao “homem de campo” para que  anote o que lhe foi solicitado.

 

Por outro lado quando  JES volta a se encontrar ocasionalmente com as mesmas pessoas pergunta se “esta tudo bem e etc” e  é confrontado com respostas mais ou menos assim “camarada presidente recebi mas o que me mandou não serve para as minhas consultas conforme lhe tivera dito”, em reação, o estadista angolano, conforme discrição  de testemunhas, mostra-se embaraçado respondendo mais ou menos assim “mais eu mandei entregar, Ok, eu vou ver isso”. 

 

Os observadores que  ladeiam o estadista acreditam  que os quadros intermédio incorrem a estas “malandragens” por saberem que os interlocutores de JES não voltarão  mais a vê-lo  e acabam por ficar com parte da encomenda  que lhes são orientadas a dar ao  destinatário. Uma das figuras a quem as individualidades amigas de JES contactam para fazer a ponte ou relatar estes incidentes  é o chefe do cerimonial,  Luis Filipe tido como a “sombra” do PR.

 

De acordo com “insiders”, trata-se de uma pratica com antecedentes  que se arrastam em fóruns políticos. Há cerca de três anos, em reunião com a direcção da UNITA, o PR na presença do general Manuel Vieira Dias, notou  que este partido levantava questões relacionadas a incomprimento de atribuições  que lhe cabiam, a luz dos memorandos de Lusaka/Luena  mas que entretanto ele já tinha dado orientações para a sua realização  “faz tempo”.