Bruxelas - A margem da sua recente  passagem pela Europa onde participou de  25 de Março à 1 de Abril, na Assembléia Parlamentar Paritária, ACP-EU, o líder  da FNLA, Ngola Kabangu reuniu em Bruxelas com quadros angolanos provenientes de França e de arredores da Bélgica que quiseram dele saber sobre  a situação decorrente no país.  O encontro foi marcado com perguntas e respostas marcado pela afluência de membros do movimento para democracia em Angola (MPDA) que residem neste país europeu.


Fonte: Club-k.net


No decorrer da abordagem  o dirigente da FNLA, falou da situação política  em Angola e dos esforços dos  partidos políticos e da sociedade civil para encontrar uma resolução pacífica  capaz de ultrapassar os problemas no país e recordou que a  situação prevalecente em Angola, segundo a visão do seu partido,   torna-se  cada vez mais difícil, devido da ma fé da governação.  Kabango reprovou a pronta  resposta do programa no partido do poder  em satisfazer as necessidades e interesses do povo. Aquele político fez entender  também os quadros no estrangeiro, que  o país  precisa de uma diáspora, capaz de estimular e impor-se tendo convidado os mesmos a testemunharem  pessoalmente e engajarem-se nos assuntos de interesse nacional. 


Voltou a falar da sua preocupação quanto as violações dos Direitos Humanos e constitucionais em Angola, que  no seu entender não permitem a resolução dos problemas entre angolanos. Quanto a questões relacionadas a  vida interna da FNLA o mesmo adiantou que  a sua formação política “tem princípios traçados e se  manterá firme”. Porem apesar de estar  reduzida por três deputados no parlamento o mesmo disse que esta força política “defenderá e continuará a  transmitir a sua mensagem para o bem estar da nação e das suas populações.”


Quanto ao passado, Kabangu  reconheceu ter havido falhas cometidas pelo seu partido e manifestou  disponibilidade caso for possível apresentar pedido de desculpa a nação angolana. O dirigente político referia-se  concretamente  aos acontecimentos do   15 de Março  que levaram aquele movimento liderado por Holden Roberto a  perpetrar ataques contra o colono português.


Após a sua alocução, o parlamentar angolano viu-se atentado a responder as questões que lhe foram endereçadas pelo quadros na diáspora. Foi questionado sobre a existência de algum  alinhamento entre o seu  partido e o MPLA  ao qual  deixou claro sobre a inexistência de algum compromisso comum. Foi também indagado  sobre a questão dos antigos combatentes que no passado estiveram ao serviço do extinto da FNLA. Em resposta lembrou  que “o  governo continua ignorar o envolvimento da FNLA nesta luta armada de libertação de Angola.” Salientou que  já tiveram vários encontros com os responsáveis do  ministério que vela pelos antigos combatentes mas “nunca chegamos a uma conclusão positiva”.