Lisboa – O Vice-Ministro da Comunicação social, Miguel de Carvalho “Wadjimbi”, passou a ter mais espaço e visibilidade a nível do sector a que pertence depois de ter andado “apagado”, na seqüência de uma hostilização a que era alvo por parte do antigo ministro Manuel Rabelais, as quais foram do conhecimento da alta instancia do regime.
Fonte: club-k.net
No executivo angolano, os Vice-Ministros são geralmente nomeados sob proposta dos Ministros. No caso da recondução de Miguel de Carvalho “Wadjimbi” ao cargo de “vice”, o Presidente José Eduardo dos Santos decidiu ele próprio mante-lo no governo sem entretanto consultar a nova Ministra que substituiu, Manuel Rabelais. Antes circularam no partido informações segundo ao qual Wadjimbi estava a ser hostilizado; o que desagradou alguns sectores internos.
Após a nomeação do novo governo, a nova ministra Carolina Cerqueira recusou a aproximação de elementos ligados a gestão de Manuel Rabelais que teriam se aproximado, a fim de minarem-lhe com desapreciações a cerca de Wadjimbi.
A mesma denota não ter problemas em trabalhar com o mesmo, razão pela qual passou a dar-lhe abertura colaborando na devolução do protagonismo que lhe esta a ser dado:
Constatações:
- A nova Ministra da-lhe poderes para que em nome do ministério tome, na sua ausência, parte de secções do conselho de Ministro. (Ao tempo de Manuel Rabelais, Wadjimbi nunca participou neste colégio do executivo).
- Deu-lhe abertura para que em nome do ministério fizesse parte de uma delegação do executivo que deslocou-se a Portugal para acompanhar uma actividade em homenagem aos 8 anos de paz em Angola.
- Na ausência de Carolina Cerqueira passou ele a ser o “Ministro em exercício”. Ao tempo de Manuel Rabelais havia perdido importância para um alto funcionário do Ministério, Luis de Matos, director nacional da comunicação social.
- Voltou aparecer a falar na comunicação social, e inclusive terá se deslocado ao interior do país com realce a provincial de Benguela onde se inteirou a cerca do sector.
- Foi o testa de ferro para anunciar a intenção do regime em criar mecanismos para “controlar” , os órgãos de informação de Angola feitos através da internet. Fe-lo na qualidade de “Ministro em exercício” (A Ministra estava em Espanha).
Miguel de Carvalho “Wadjimbi” era no inicio do consulado de Manuel Rabelais visto como um “vice”, bastante poderoso. Um ano antes das eleições de 2008, o mesmo chegou a realizar uma visita as instalações do Jornal de Angola tendo intimidado e orientado aos jornalistas para que não passassem a por fotografias nos textos relacionados a figuras da oposição para que não fossem conhecidas pelo eleitorado.
Imcompatibilizou-se mais tarde com o antigo ministro passando a ser ofuscado e sem protagonismo interno. Uma das figuras identificadas como tendo sido portador de desapreciações a seu respeito ao antigo ministro, é Luis de Matos, a terceira figura da hierarquia da comunicação social.
Dentro do partido, ao tomarem nota de tais observações surgiu, na altura, opinião repudiando Manuel Rabelais porque na percepção partidária, com a sua presença e o seguimento de tais comentários pejorativos ele terá em certa parte contribuído para alimentação de tais intrigas que se estenderam em outros meios. Na ausência de Manuel Rabelais, por exemplo, os funcionários do ministerios tidos como intriguistas haviam sido escutados a comentar sobre a compra de um apartamento “milionário” de Wadjimbi, ao estilo “T1” num novo edifício nas redondezas do Kinaxixi.