A Espanha, que curiosamente jogou de camisa amarela, soube anular bem Arshavin, principal jogador da Rússia. O volante Marcos Senna, brasileiro naturalizado, teve grande atuação na marcação. A Espanha foi muito pouco ameaçada durante toda a partida.

Esta é a primeira vez em 24 anos que a Espanha chega à decisão de um grande torneio. Em 1984, a Fúria perdeu para a França de Platini na decisão da Eurocopa. Os espanhóis conquistaram o torneio apenas uma vez, em 1964.

Primeiro tempo é de poucas chances

O primeiro tempo foi de poucas emoções. A Espanha começou marcando a saída de bola da Rússia e dominou territorialmente nos momentos iniciais. A Fúria, no entanto, não foi capaz de criar grandes chances de gol no primeiro tempo. Fernando Torres e Iniesta estiveram uma vez cada em boas condições na grande área, mas não conseguiram boas finalizações.

Craques da Rússia, Arshavin e Pavlyuchenko foram muito bem marcados na partida Aos poucos, a Rússia começou a acertar seu posicionamento em campo. Arshavin, muito marcado, esteve sumido na primeira etapa, mas, a partir dos 30 minutos, Pavlyuchenko apareceu bem. Primeiro, o atacante arriscou chute de fora da área que passou rente ao poste esquerdo do goleiro Casillas. Depois, em bola que recebeu dentro da área nas costas do zagueiro Marchena, dominou e perdeu grande chance ao chutar para fora.

A Espanha teve ainda antes do intervalo a baixa do artilheiro da Eurocopa, David Villa. O jogador, que tem quatro gols no torneio, sentiu um problema muscular numa cobrança de falta e teve de dar lugar a Fábregas.

Gol de Xavi abre a porteira russa

No segundo tempo, o panorama começava a seguir pelo mesmo caminho quando Xavi quebrou o marasmo aos cinco minutos. O volante lançou Inieta no lado esquerdo da área e correu em direção ao gol. Iniesta deu um corte para o meio e bateu cruzado, com força. Xavi esticou o pé e estufou a rede do goleiro Akinfeev.

O gol fez bem à Espanha, que passou a dominar as ações. O técnico Guus Hiddink tentou dar nova alma ao inoperante meio-campo russo, lançando Sychev e Bilyaletdinov nas vagas de Saenko e Semshov. As mudanças no entanto, não surtiram efeito. Arshavin seguiu sumido e Pavlyuchenko teve de lutar praticamente sozinho na frente.

A Fúria, por sua vez, passou a criar chances. Usando o lado direito de seu ataque, os espanhóis assustaram os russos por duas vezes. Na primeira, a zaga cortou quando Fernando Torres ia cabecear com o gol vazio. Depois, o camisa 9 pegou firme e mandou a bola rente ao poste esquerdo do goleiro Akinfeev.

Na metade da segunda etapa, o técnico Luis Aragonés trancou o meio-campo da Espanha, ao trocar Xavi, jogador com características um tanto mais ofensivas que seu substituto, Xabi Alonso. No ataque, Güiza entrou na vaga de Torres.

As mudanças funcionaram e a Espanha matou o jogo aos 28 minutos. Sergio Ramos avançou pela direita e tocou para Fábregas que, com lindo passe em elevação, descobriu Güiza livre no meio da área. O atacante não perdoou e com um toque de categoria desviou a bola do goleiro Akinfeev.

A Espanha seguiu melhor e a Rússia praticamente não esboçou reação. Em rápido contragolpe, a seleção matou o jogo aos 37. Fábregas foi lançado pela esquerda e cruzou para David Silva escorar e fechar o caixão russo.

Fonte: Globo