Luanda – A República de Angola tem primado, desde os primeiros anos da sua independência, por uma diplomacia bastante solidária para com os outros países do continente, em prol do bem estar de todo os africanos, salientou, em exclusivo à Angop, o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, Nelson Cosme.

Fonte: Angop

 
Chamado a comentar a “Inserção de Angola no contexto africano", afirmou que o país rapidamente transpôs os constrangimentos da guerra e a locou os resultados do seu crescimento económico em benefício da reconstrução, mantendo os princípios fundamentais de uma diplomacia solidária e política externa participativa.
 

Acrescentou que este dinamismo é evidente ao nível dos fóruns regionais como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

 
O embaixador sublinhou o facto de, na África Austral, Angola ser  país fundador da instituição, através da qual tem contribuído para o desenvolvimento e estabilidade política da região, a SADC.
 

De acordo com Nelson Cosme, outro grande exemplo do desempenho é da acção preponderante que o país jogou para que o Zimbabwe não fosse vítima das sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 
Com isso, disse, estabeleceram-se as bases para que houvesse um grande diálogo e, hoje, este não seja um país em conflito, apesar da crise.
 

Na CEEAC, destacou o desempenho de um papel inspirador de uma dinâmica para se arquitectar a paz e a segurança na região, sobretudo através do Copax.

 
Asseverou ser neste contexto que Angola foi chamada a organizar o exercício militar Kwanza2010, iniciado a 22 de Maio com término em 10 de Junho, na região do Cabo Ledo, sul de Luanda, ao qual participam representações de todos os países membros da comunidade.
 

Este é, acrescentou, um exercício de estratificação da força, que estará disponível para a União Africana em caso de algum teatro de operações no continente ou outra parte do mundo, quando solicitada pela ONU.


Nelson Cosme aferiu, de igual modo, que Angola desenvolve uma diplomacia multilateral bastante importante, ao nível da União Africana e mesmo das Nações Unidas.
 

Fez referência ao facto de ter assumido na União Africana, durante três anos, a presidência do Conselho de Paz e Segurança e ,nas Nações Unidas, em que foi membro do Conselho de Segurança.

 
Por outro lado, considerou que a inserção de quadros nacionais em organismos internacionais ainda não é satisfatória, constituindo uma questão de estado.

 
Por este facto, disse que é preocupação do governo e do Ministério das Relações Exteriores, de forma particular, que haja cada vez mais angolanos ao nível das organizações multilaterais a que Angola pertence.