Luanda - Estudantes que foram excluídos do processo de bolsas de estudos do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) acusaram o Diretor da instituição, Milton Chivela, de faltar a verdade e de violar o Decreto Presidencial n° 67 / 19 de 22 de Fevereiro de 2019.

Fonte: Club-k.net

Numa reunião com os encarregados dos estudantes, o Diretor do INAGBE terá assumido que a instituição é culpada por ter aprovado os estudantes, mas que os estudantes devem assumir as consequências.

 

No entanto, os estudantes afirmam que o Diretor do INAGBE também assumiu que nos 4 processos anteriores (2019 a 2022) não fez o uso do decreto presidencial, mas que se guiou pelos editais de bolsas de estudos. Os estudantes apontam que o Diretor do INAGBE faz menção do decreto presidencial nos editais, o que contradiz a sua afirmação de não ter feito uso do documento.

 

Os estudantes também afirmam que nas 4 primeiras edições anteriores o INAGBE permitia que candidatos dentro e fora do país se candidatassem com a carta de aceitação ou outro documento de frequência. O próprio Diretor do INAGBE assinava e dava as Declarações Financeiras aos estudantes residentes em Angola aprovados com carta de aceitação para que solicitassem os vistos nas devidas embaixadas.

 

O Diretor do INAGBE também não conseguiu provar o desvio de fundos, segundo os estudantes.

 

Além disso, os estudantes afirmam que existem provas de estudantes na mesma condição que os agora excluídos que receberam as guias por conveniência do Diretor do INAGBE.

 

Os estudantes pedem um encontro com o Diretor do INAGBE para abordar a situação.

 

Atualmente, todos os estudantes implicados nessa situação estão a frequentar o 1° ano e têm as declarações. O INAGBE autorizou por e-mail que alguns estudantes se deslocassem dos seus países de residência para os países de formação.


Os estudantes afirmam que o INAGBE deve assumir as consequências dos seus erros e que há corrupção a grande escala dentro da instituição encabeçada pelo próprio Diretor.

 

Segundo os estudantes, a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, tem conhecimento sobre o assunto por intermédio de cartas que foram envidas aos Ministério, mas até hoje não se pronuncia.