Luanda - A Associação das Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA) contesta o prazo de 60 dias para a eliminação total da produção, importação, comercialização e consumo de bebidas espirituosas embaladas em pacotes de plástico, anunciado no Decreto Executivo n.º 13/24, de 12 de Janeiro de 2024.

Fonte: Club-k.net

A AIBA considera que o prazo é demasiado curto para que as empresas do sector possam adaptar as suas linhas de produção e recursos humanos, o que coloca em causa cerca de 4.200 postos de trabalho.

A associação defende que a medida é positiva do ponto de vista ambiental, mas que deveria ter sido implementada de forma gradual, com um prazo mais alargado.

"A AIBA sempre esteve disponível para se sentar e discutir os temas que são fundamentais para o desenvolvimento seja do sector, seja do País, mas com tempo, argumentos, factos e uma janela temporal que permita a salvaguarda dos interesses do parque empresarial", afirma a associação.

A AIBA também contesta a capacidade instalada de produção de embalagens de vidro, face ao objectivo temporal tão curto.

"Com tempo, é um desejo colocar Angola a aumentar a produção nacional e a exportar bebidas, sendo mais auto-suficiente nas matérias-primas que necessita", conclui a associação.

A AIBA – Associação das Indústrias de Bebidas de Angola, foi constituída em Luanda a 1 de Outubro de 2014. O sector de bebidas já era e mantém-se hoje um dos mais desenvolvidos em Angola em termos de capacidade de produção e desenvolvimento económico. Tem como missão ser o órgão que representa a indústria nacional de bebidas, defendendo a uma única voz os seus interesses e direitos, trabalhando ao lado do Executivo para colmatar os principais constrangimentos à competitividade do sector, seja dentro ou além-fronteiras.